Para especialista norte-americana, jovens não entendem o impacto do problema porque não estão cara a cara com a vítima
Os “cyberbullies” atormentam e agridem virtualmente colegas de classe e conhecidos porque não veem as consequências imediatas de suas ações e, equivocadamente, acreditam que suas publicações, tweets ou e-mails não podem ser rastreados, de acordo com uma especialista no assunto.
Leia também
Internet e games devem fazer parte da vida das crianças, mas com controle
Bullying não se resolve com violência
Bullying não se resolve com violência
“Se uma garota posta um comentário maldoso na rede, ela não precisa testemunhar a reação do alvo ferido”, explicou Brandie Oliver, professora assistente de conselho escolar da Universidade de Butler, em Indianápolis, nos Estados Unidos, e supervisora de um programa de aconselhamento para jovens do ensino médio. “Muitos estudantes postam mensagens que nunca diriam em uma situação cara a cara”.
As crianças deveriam ser ensinadas a tomarem conta de si mesmas – tanto em tempo real como no ciberespaço, disse Oliver. “As crianças precisam se pronunciar e comunicar às outras crianças, especialmente as que praticam o bullying, do que elas precisam e o que elas não querem”, explicou a especialista em um comunicado da Universidade.
Como uma onda de suicídios nos Estados Unidos colocou os holofotes sobre o cyberbullying, Oliver destacou algumas maneiras de ajudar os jovens a sobreviverem aos ataques digitais e, também, protegerem a si mesmos de futuras agressões:
- Só aceite amigos que sejam conhecidos e confiáveis em sua rede.
- Não participe de bullying virtual, fofocas ou compartilhamento de fotos e vídeos embaraçosos – sejam eles seus ou de outra pessoa.
- Entenda que qualquer mensagem, foto ou vídeo postado na rede pode ser visto e comentado por outros.
Leia mais sobre bullying
Entendendo o mundo virtual
Os pais devem se envolver e ajudar os filhos a entenderem o mundo virtual, como aconselhou Oliver. Segundo ela, devem limitar o acesso à internet se acreditam que seus filhos adolescentes não são capazes de lidar com o drama cansativo que pode acontecer na rede.
Oliver contou que sua própria filha adolescente “diz que todo mundo tem uma conta no Facebook. Eu sei que não é verdade, e eu não sinto que minha filha esteja pronta para dar esse passo digital. Você precisa permanecer firme em sua decisão e permanecer como um pai”.
Os pais também devem levar os filhos a realizar atividades que construam a autoconfiança e os ajudem a se defender do bullying em potencial que podem sofrer. “Crianças com autoconfiança têm um escudo embutido contra o bullying”, afirmou ela.
Oliver acrescentou que os jovens devem ser encorajados a defender outras crianças que sejam vítimas de bullying e relatar qualquer tipo de assédio ou bullying a um adulto.
Leia também
Nenhum comentário:
Postar um comentário