sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Haddad promete: mestrados e doutorados em Educação serão grátis

 

Ministro da Educação diz que mesmo cursos em instituições particulares terão um financiamento com dívida perdoada para professores

 
iG São Paulo
 
Cursos de pós-graduação, mestrados e doutorados em educação, mesmo em instituições privadas, serão gratuitos. O anúncio foi feito pelo ministro Fernando Haddad, na tarde desta sexta-feira, 30, durante o 7º. Congresso Inclusão: Desafio Contemporâneo para a Educação Infantil, promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Unidades de Educação Infantil da Rede Direta e Autárquica do Município de São Paulo (Sedin).

Haddad explicou que deve assinar nos próximos dias uma portaria que dará a esses cursos o mesmo mecanismo do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Os professores que decidirem fazer o curso e trabalharem nas redes públicas terão a dívida saldada automaticamente.

A respeito do tema do evento, o ministro da Educação admitiu que trabalha com dificuldade em um modelo de avaliação para a educação infantil. “Faço um desafio para vocês. Me mostrem os casos de sucesso e de eficiência para que possamos tabular esses valores.”

Haddad creditou ao presidente Lula a inclusão da educação infantil no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), além do fornecimento de merenda, transporte escolar, biblioteca e livro didático. “O que mais me impressionou quando eu cheguei ao Ministério da Educação foi a constatação de que não só não havia mecanismos de financiamento, como não se dava importância a um ciclo tão importante da formação da criança.”

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Professores invadem Assembleia do Ceará e jogam banco na polícia

 


Em greve, docentes invadiram a Casa com pedaços de madeiras e foram contidos por 30 homens da Tropa de Choque


Daniel Aderaldo, iG Ceará


    enviar por e-mail
    Professores invadem Assembleia do Ceará e jogam banco na políciaEm greve, docentes invadiram a Casa com pedaços de madeiras e foram contidos por 30 homens da Tropa de Choque
    * campos são obrigatórios
    corrigir
    Professores invadem Assembleia do Ceará e jogam banco na políciaEm greve, docentes invadiram a Casa com pedaços de madeiras e foram contidos por 30 homens da Tropa de Choque
    * campos obrigatórios
    Foto: Daniel Aderaldo/iG
     
    Com um colchão, Professores enfrentam a polícia durante invasão
    à Assembleia Legislativa do Ceará
    Os professores da rede estadual do Ceará entraram em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar na manhã desta quinta-feira (29) na Assembleia Legislativa. Os grevistas usaram um painel como escudo e arremessaram bancos contra os policiais. Dois professores ficaram feridos e quatro foram detidos. É a segunda vez, só neste mês, que a Assembleia é palco de confronto entre policiais e professores.
    Últimas notícias sobre a greve no Ceará:


    Leia também:

    Os ânimos se acirraram por volta das 9 horas, quando alguns professores tentaram forçar a entrada no plenário da Casa. Depois, um grupo de 200 pessoas se concentrou na entrada do plenário ameaçando invadi-lo. Cerca de 30 homens da Tropa de Choque da PM foram chamados para conter os manifestantes.


    Duas pessoas acabaram feridas e quatro detidas pela polícia. Um painel artístico de quatro metros de comprimento foi arrancado e usado como escudo pelos manifestantes. Eles também arremessaram bancos contra os policiais. Pedaços de madeira, facas, paus e outros artefatos foram apreendidos com os professores.


    O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cláudio (PSB), justificou o uso da força policial. “Tenho a premissa de preservar o patrimônio público, até porque prevaricaria se não fizesse isso”, disse ele. “Recrimino qualquer ato de violência, de qualquer natureza. A violência tem que ser deixada de lado deste parlamento. Sei que os professores de bem não participaram desse ato”, afirmou.
    Vídeo mostra painel usado de escudo e os bancos arremessados
    Mensagem

    Desde quarta-feira (28) os professores estão acampados na Assembleia. Eles não concordam com a mensagem do governo do Ceará que reajusta o salário de uma parte dos educadores, mas não contempla todos os níveis da carreira.


    Dos 35 mil professores ativos e inativos da rede estadual, apenas um grupo de 250 foram contemplados. Esses profissionais são de nível médio e passarão a receber o piso nacional do magistério de R$ 1.187. A categoria tentou impedir que a matéria fosse aprovada pelos deputados, mas, dos 46 parlamentares, apenas quatro votaram contra.


    "Essa matéria tenta apagar fogo com gasolina", disse o deputado Roberto Mesquita (PV), um dos que votaram contra o reajuste. Para ele, o governo não prioriza a educação, pois dinheiro não seria problema para o governo. "O Ceará se mostra para o mundo como o Estado que, nominalmente, em valores absolutos, é o quarto da federação a fazer mais investimentos e, proporcionalemten, é o primeiro", ponderou.


    Durante a votação, os professores tentaram forçar a entrada do plenário novamente e a polícia usou grande quantidade de gás de pimenta e forçou os manifestantes a recuarem. A Assembleia continua ocupada.
    Foto: Divulgação
    Após confronto com a polícia dentro da Assembleia,
    professor fica ferido


    Comentário do autor deste Blog:

    Em  todas  as  regiões  do  Brasil,  os  governos  dão  claros e  
    notórios    exemplos   de   incompetência   administrativa   e 
    de  autoritarismo.  É uma  vergonha, porque institucionaliza-se, 
    novamente,  a  ditadura  neste   país.  Nossa  democracia  existe
    apenas  na   letra  morta  da   lei,  pois,  na  realidade,   ninguém 
    pode   protestar   contra   os   incompetentes,   os  corruptos,  os
    coronéis.   Infelizmente, a    sociedade   escolheu   mal    seus  
    adminstradores. Esse é o preço da DESPOLITIZAÇÃO DA
     SOCIEDADE. Será que merecemos?!

    Mundo ainda vai ficar pior antes de melhorar, diz David Darst

    Chefe de investimento estratégico do Morgan Stanley Smith Barney afirma que 2012 pode ser ainda pior que 2011 e diz que Europa e os EUA precisam de reformas para superar a crise

     
     
    Olívia Alonso, iG São Paulo |
      Foto: Divulgação Ampliar
      David Darst, do Morgan Stanley Smith Barney: 'países desenvolvidos precisam de reformas estruturais'


      A crise europeia poderá fazer de 2012 um ano ainda pior que 2011, quando os problemas dos países endividados na Europa e da economia norte-americana espalharam preocupações por todo o mundo. A opinião é de David Darst, diretor do Morgan Stanley Smith Barney e chefe global de investimentos estratégicos do banco.

      “Mas pode ser diferente caso as autoridades façam as coisas certas. De qualquer forma, o mundo vai piorar antes que fique melhor,” afirma.

      Na lista de “coisas certas” a serem feitas, Darst inclui reformas tributárias, pesados cortes de gastos e envolvimento de alguns países europeus com o problema de outros.

      Atualmente, diz ele, existe uma batalha entre autoridades e mercados. “Os mercados estão pressionando os líderes globais, que estão sendo forçados a tomar atitudes econômicas “amigáveis”,” afirma. No entanto, apesar de as autoridades, primeiros-ministros, secretários do Tesouro, Bancos Centrais, tanto dos Estados Unidos e da Europa, estarem se esforçando para acalmar os ânimos dos mercados globais, Darst acredita que não estão indo no caminho correto.

      “O tempo todo falam em mais estímulos e mais dinheiro, e não em uma reforma estrutural. A Europa, os Estados Unidos e o Japão ainda não fizeram grandes reformas, seus líderes acham que isso não é necessário.”
       
      O diretor diz que são necessárias reformas tributárias, assunto polêmico nos Estados Unidos. De um lado, estão os defensores da mudança, assim como Darst. Eles defendem que os cortes e mudanças de impostos poderiam levar a uma situação ainda mais crítica no curto prazo, mas incentivariam o crescimento e, consequentemente, levariam à redução das dívidas.
      Veja também:
      Darst afirma que os países em desaceleração e em situação de alto endividamento precisam cortar impostos e simplificar taxas para que mais empregos sejam criados e as pessoas possam consumir mais. De outro lado, estão aqueles que argumentam que uma reforma tributária não levaria, necessariamente, à geração de empregos e à melhora da economia.

      No caso europeu, ele acrescenta, a Alemanha também tem que ajudar a Grécia e que são necessários mais esforços conjunto para cuidar da situação da dívida grega.

      “A situação europeia está complicada, mas não estamos no fim do mundo. O fim do mundo como conhecemos pode não ser o fim do mundo. Acho que estamos em um momento de transição,” afirma.

      5 saídas para os EUA
       
      Para os Estados Unidos, Darst defende que a solução econômica não está em planos de estímulo, mas em alguns aspectos cruciais: poupança e investimentos, educação, redução de dívidas e diminuição das disparidades.

      Quando se fala em poupança e investimentos, a sugestão é a mesma para a Europa, a redução de tributor: “eu acho necessário que os Estados Unidos reduzam uma parte de tributos e impostos. Os altos custos dificultam que as companhias façam investimentos em novos equipamentos e que as pessoas consumam mais.”

      Em educação, a primeira necessidade é de um programa nacional para que as pessoas ajudem no ensino da população. “Acho que precisamos de um serviço nacional, que pode ser voluntário ou mandatório, para que as pessoas que saem das escolas e também aposentados e avós passem a dar aulas e ajudar os professores.”

      Dentro deste universo da educação também entra a formação familiar, diz Darst, que segundo ele vem ficando pior no país. Ele cita uma pesquisa do instituto norte-americano Pew Research Centre, que constatou que 40% dos bebês nascidos nos Estados Unidos em 2009 não tinham os pais casados.

      Já a dívida do país precisa ser cortada, a começar pelos pagamentos dos salários de funcionários federais, que costumam ganhar de 30% a 40% acima da média. “Precisamos reduzir esse diferencial de alguma forma. Isso poderia levar a uma economia de centenas de milhões de dólares,” afirma.

      As ideias para os cortes de gastos também poderiam vir do setor privado. “Homens como Steve Jobs, Warren Buffet, Jack Welch poderiam basicamente apresentar uma lista de 10 coisas que poderiam ser feitas para reduzir os gastos do governo,” diz Darst.

      Outra questão que precisa ser tratada nos Estados Unidos, segundo o diretor do Morgan Stanley Smith Barney são as disparidades entre ricos e pobres, entre setor público e privado e entre novos e velhos. “O governo precisa permitir que a iniciativa privada o ajude neste quesito. Também acho que deveríamos aprender com experiências de fora, por exemplo, com o Bolsa Família do Brasil. Poderíamos achar o que o programa tem de melhor e usar isso,” diz.
       
      Brasil

      Para Darst, o Brasil pode ficar mais tranquilo em relação à crise global por ter grandes reservas, empresas muito competitivas e uma grande demanda da China.

      “O Brasil não é mais um país médio, é um grande país.” Ele cita gigantes como Petrobras, Vale e Brazil Foods como exemplos do que considera a “força brasileira” e diz ainda que o Brasil pode usar lucros que obtiver em diversas áreas para desenvolver o consumo interno. “A chave é a classe média, que vai trazer um crescimento mais estável ao País,” diz.
       
      “E agora vocês têm a Olimpíada e a Copa, que são oportunidades não para o Brasil se mostrar ao mundo, mas sim para mostrar a si mesmo e transmitir confiança aos seus próprios cidadãos.”

      Veja também:
       

       

       

      quarta-feira, 28 de setembro de 2011

      Quer ter um coração saudável? Faça sexo, diz cardiologista

       

      Pioneiro em transplante cardíaco na Espanha, especialista prega: "podemos fazer de tudo, mas com moderação"


      EFE / IG
       
       
       
      Foto: Getty Images Ampliar
      Sexo faz bem ao coração, garante especialista

      Para ter um coração saudável é preciso comer bem, beber pouco, controlar o estresse, não fumar, fazer exercícios moderados e, para quem pode, praticar muito sexo, de preferência com um parceiro estável, de acordo com o médico espanhol Josep María Caralps.

      Essa é a fórmula "não-infalível" do doutor Caralps para manter "em bom estado" a máquina perfeita que é o coração, que bate cerca de 100 mil vezes por dia e movimenta 10 mil litros de sangue. Um órgão também emocional, "muito ligado aos sentimentos mais íntimos", e que foi chamado por Aristóteles de "santuário da alma".
       
      Os olhos e as mãos deste médico espanhol que tem quatro décadas dedicadas à cirurgia cardíaca viram e tocaram milhares de corações. Corações doentes e muito doentes, velhos e jovens, grandes e pequenos e de pessoas de todo tipo de raças, o que o permite falar com autoridade de "nosso músculo mais prezado", vital e carismático.


      Josep María Caralps teve a honra de fazer o primeiro transplante de coração bem sucedido na Espanha, no dia 8 de abril de 1984, uma data que nunca esquecerá.

      Foto: Arte iG
      Selecione o que faz parte da sua dieta e descubra se o que você come está colocando seu coração em risco



      Tanta sabedoria acumulada sobre o coração o levaram a escrever "Super Corazón" ("Super Coração", na tradução livre), no qual descreve suas experiências e conhecimento.

      O livro, que chega neste domingo às livrarias, coincidindo com a celebração do Dia Mundial do Coração, é um guia "singelo e ameno" para ajudar a conhecer como trabalha e porque o coração adoece, além de ensinar a mantê-lo em forma.

      Na conversa com este premiado profissional da medicina ouvimos repetidamente a palavra moderação: "Podemos fazer de tudo, mas com moderação, precisamos aprender que a degustação de um cigarro após uma boa refeição, uma taça de vinho no jantar ou no almoço, não pode se transformar em dependência".
       
      "Temos ao nosso alcance coisas que fazem nossa vida melhor. Mas precisamos ser capazes de discernir sobre o que é bom e o que é ruim. A saúde não está separada do prazer. Ao contrário, se não há prazer não há saúde", considerou.


      Caralps fala em educar desde a infância como forma de prevenção e criar bons hábitos. "Ensinar às crianças que fumar é prejudicial, que o álcool pode ser agradável, reconfortante e, em algumas ocasiões, até necessário, mas sempre, sempre com moderação, com muita moderação", detalhou o médico.
       
      Veja no infográfico: O infarto do novo século

      "Não nos preocupamos com isso, porque achamos que podemos controlar nossos vícios. Mas, na realidade, não podemos. Ser moderado em tudo é quase impossível. Daí a necessidade de aprendermos desde pequenos", afirmou, acrescentando que as escolas também devem ensinar a "controlar mentalmente as emoções, a sermos mais humanos, termos mais cuidado com nós mesmos e com os outros".
       

      terça-feira, 27 de setembro de 2011

      Adolescência é chance para pais reverem conceitos

       

      A fase é caracterizada por comportamentos inevitáveis, mas evitar o estresse depende em boa parte da condução dos pais


      Carla Hosoi, especial para o iG São Paulo
       
      Foto: Getty Images Ampliar
      Mãe e filha: postura dos pais pode resolver muitos conflitos da adolescência

      Eles já não querem mais dar as mãos para atravessar a rua. E programas antes divertidíssimos já não têm a menor graça. Adolescer é uma grande reviravolta, tanto para quem deixa de ser criança como para os pais, raramente preparados para vivenciar esta fase com a naturalidade que gostariam.



      “A sensação que eu tive é que as mudanças aconteceram do dia para a noite”, conta Patricia Herrera Versolato, mãe de Gabriel, 12 e Beatriz, 11. “É incrível como eles começam a ser seletivos, específicos e tão bem informados em relação ao que gostam e principalmente, ao que querem. A roupa que sempre usaram, o celular que tinham, o passeio para o sítio. De repente, não é mais nada disso e sim a blusa X, o celular Y e o cinema e o lanche com os amigos que passam a fazer sentido”, conta.


      Para os pais, é difícil entender a mudança do próprio papel na vida dos filhos. “É como se não bastássemos mais, pois não suprimos mais todas as necessidades da Meily”, conta Iara Regina Soares Chao, mãe de filha única e adolescente, de 14 anos. “Ela ficou bem mais independente e mais reservada também. Quando era mais nova, me contava tudo. Hoje ela me fala da escola, dos amigos, sei da sua rotina, onde está, com quem, mas sobre assuntos mais íntimos ela não me fala mais”, compara a mãe.
      Leia mais sobre filhos adolescentes
      “Perceber que já não estão mais incluídos em tudo pode ser um processo doloroso, mas é preciso encarar os fatos com respeito, disponibilidade e abertura”, recomenda aos pais Clarissa Metzger, psicanalista e doutoranda em psicologia clínica da USP.

      A fase pode servir como um excelente momento de revisão dos pais sobre si mesmos. Na adolescência, os jovens inciam um encaminhamento para o mundo adulto e por uma identidade própria. Por isso, o distanciamento dos pais é necessário e sadio. “Se o adolescente tem amigos, mantém suas atividades, segue sua vida e apenas não opta por falar isto ou aquilo, ele tem que ser respeitado. O importante é que o ambiente seja propício ao diálogo e que os pais estejam atentos”, diz o hebiatra (médico especialista em adolescentes) Maurício de Souza Lima.

      Permitir que o filho ganhe seu próprio espaço sem fechar as portas para o diálogo é o caminho. “Em algum momento seu filho ou sua filha vai querer contar o que até então era um segredo, ou vai dar algum sinal. Eles precisam dos pais”, completa Maurício.
      Foto: Getty Images Ampliar
      Filhos adolescentes precisam saber que os pais estão por perto, ao mesmo tempo em que ganham espaço

      Do “poder de mando” ao “papel de conselheiro”

      Ao pedir um pequeno favor, a resposta é “que saco”. Um programa sem a companhia perfeita tende para “o tédio absoluto” e qualquer sinal de preocupação é recebido com um “tá, já sei, liga quando chegar lá”. Conviver quase que diariamente com a língua afiadíssima dos adolescentes exige não só paciência, mas uma busca constante na memória dos próprios pais.

      “Procuro sempre me lembrar que também passei por essa fase. É um período de muitas mudanças e conflitos. Eles precisam sentir que estou por perto, que podem contar comigo para tudo que quiserem. Preciso orientá-los para se sentirem seguros daqui para frente”, acredita Patricia.

      A lembrança dos próprios tempos de adolescência também é uma fonte de soluções para pais e mães em dúvida. “Já na minha adolescência eu pensava em como iria educar minhas filhas nesta fase, talvez porque não tive uma relação tão bacana com meus pais nesse período. Então eu sempre preferi errar tentando acertar do que fingir que não estou vendo nada”, afirma Gisleine Hasson, mãe de Clara, 13.

      Assegurar uma adolescência sadia é sem dúvida o desejo de todos os pais. Neste quesito, uma primeira infância vivida com incentivo a escolhas, feitas dentro de algumas possibilidades, já favorece uma relação futuramente mais tranquila entre pais e adolescentes.

      “A grande dificuldade é lidar com a transição entre o poder de mando e o papel de conselheiro. Isso sempre traz muitas idas e vindas. Mas são os pais que devem encontrar medidas, saber quando não agir por medo e quando suportá-lo para promover experiências fundamentais para o crescimento dos filhos”, resume Miguel Perosa, professor de psicologia da PUC SP e psicoterapeuta de adolescentes e adultos.

      Leia tambémO DNA do alcoolismo juvenil
      Meu filho não quer ir à faculdade, e agora?

      segunda-feira, 26 de setembro de 2011

      José Sarney é alvo de críticas no Rock in Rio

       

      Capital Inicial dedica música 'Que País É Esse?' para José Sarney, uma semana depois de provas contra o filho dele terem sido anuladas

       
      AE | IG

        Uma semana após ter o filho, Fernando Sarney, beneficiado por decisão judicial em processo que apura corrupção, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi alvo de críticas no maior evento musical do ano no Brasil, o Rock in Rio. A banda Capital Inicial dedicou a música "Que País É Esse" especialmente a Sarney durante críticas a "oligarquias que parecem ainda governar o Brasil" e a políticos.
        Leia também:

        "(Oligarquias) que conseguem deixar os grandes jornais brasileiros censurados durante dois anos, como O Estado de S. Paulo, cara. Coisas inacreditáveis", disse o cantor da banda, Dinho Ouro Preto, ao anunciar a música. "Essa aqui é para o Congresso brasileiro, essa aqui, especial para José Sarney", nominou o cantor, perante um público estimado em 100 mil pessoas.

        A música "Que País É Esse?" foi composta por Renato Russo na década de 70, quando o País ainda vivia sob ditadura militar. Na época, Renato Russo tinha sua primeira banda de rock em Brasília, Aborto Elétrico, precursora do Legião Urbana. Com versos simples, a música se tornou um hit de protesto e de indignação. "Nas favelas, no Senado/Sujeira pra todo lado/Ninguém respeita a Constituição/Mas todos acreditam no futuro da nação/Que país é esse?/Que país é esse?/Que país é esse?", diz a letra.
         
        O Superior Tribunal de Justiça (STJ), na semana passada, anulou as provas da investigação da Polícia Federal, conhecida por Operação Boi Barrica, por ter considerado ilegais as interceptações telefônicas feitas, com autorização judicial, durante a operação. A decisão do STJ deixa a apuração da PF praticamente na estaca zero.

        As escutas e informações colhidas sobre movimentação financeira levaram a PF a abrir cinco inquéritos e apontar indícios de tráfico de influência no governo federal, formação de quadrilha, desvio e lavagem de dinheiro. Fernando Sarney chegou a ser indiciado.

        As revelações sobre a operação feitas pelo Estado em 2009 levaram a Justiça a decretar censura ao jornal. O desembargador Dácio Vieira, que mantém relações sociais com o senador José Sarney, proibiu o jornal de veicular reportagens da investigação da PF. No sábado do show, a censura completou 785 dias.


        Comentário do autor do Blog.


        A voz dos bons...

                  Guilherme A. Dias


        Como fez o senador Cristovam Buarque, que criticou abertamente a omissão e a negligência das autoridades mineiras diante de um fato tão relevante para a nossa sociedade, a greve dos professores, personalidades de outras áreas, a exemplo do Capital Inicial, grupo de rock, citado no texto acima, precisam voltar seus olhos também para o que acontece em Minas Gerais. Aqui a mentira corre solta. Os nossos políticos e demais autoridades, em sua maioria, desprezam e esnobam os verdadeiros trabalhadores. Lembrem-se da frase daquele assessor parlamentar: "Para ganhar R$712,00 reais, eu seria servente de pedreiro". Lembrem-se da decisão do Desembargador. Lembrem-se do empenho do representante do Ministério Público. Lembrem-se...

        Isso não é tudo. Por aqui não faltam figurões, profissionais da política mineira, peitando e inibindo, covardemente, os profissionais da educação. Lembram-se da covarde cena em que um segurança e um conhecido deputado tentavam impedir a entrada de uma professora nas dependências da Assembleia Legislativa de Minas? Pois é. Certamente sentiu náusea quem assistiu à cena. Aquilo jamais poderia ter acontecido com qualquer pessoa, mormente com uma professora, uma profissional que doa sua vida para formar, com seu exemplo, principalmente, o verdadeiro cidadão.

        Entretanto, pensando bem, professora, nas atuais circunstâncias, a Assembleia Legislativa de Minas, com os políticos que têm, embora e infelizmente dependamos deles, é hoje um lugar sujo, viciado, indigno para receber tão ilustre cidadã. Oxalá o futuro reserve a você e aos combativos professores um lugar a altura da dignidade que, orgulhosamente, ostentam. Que lágrimas de alegrias substituam as de dores que rolaram de seus olhos. Aquelas lágrimas molharam o chão de Minas a exemplo do que outrora acontecera com o sangue de Tiradentes. Essas mesmas lágrimas tocaram no mais íntimo de nossos sentimentos e, certamente, vão despertar em nós a convicção de que necessitamos passar a limpo o nosso ESTADO.

        Seu EXEMPLO, professora, totalmente oposto ao de nossos representantes, enche-nos de orgulho. Seu choro, embora nos causasse naquele momento, e ainda nos causará por muito tempo pesar e dor, hoje, considerando as razões que a levaram àquele local, soa-nos como uma melodia, um hino de amor às causas mais nobres. Hino e bandeira de uma heroína que, empunhando apenas um cartaz, protagonizou uma das cenas mais marcantes que aquela casa já presenciou.

        Certamente, professora, seu choro ecoará para sempre no plenário, nas galerias e em todos os cantos da casa que deveria ser nossa, casa do povo, como você mesma disse, mas que, por ironia da própria democracia, somos impedidos de adentrá-la. Não tem problema. Haverá o dia em que nos orgulharemos da política, dos políticos e do nível de politização dessa sociedade que assiste passivamente a essa vergonhosa postura de nossos representantes. É preciso dar um basta nisso.

        As vozes do além-fronteira começam a ecoar. Ontem, Cristovam Buarque. Hoje, o Capital Inicial. Amanhã... Amanhã outras vozes se erguerão. Então, quando o coro dessas vozes se fizer mais forte, não haverá mais choro, lágrimas, dor... Haverá somente alegria, pois a Casa do Povo e o próprio Estado não mais serão espaços para os PARASITAS que hoje os infestam.


        sexta-feira, 23 de setembro de 2011

        AS LIÇÕES DE MINAS!


        Em Minas Gerais este artigo da Constituição Federal não vale:

        "São Poderes da União, independentes e harmônicos entre se, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário." Artigo 2º.

        Aqui, os TRÊS PODERES tornaram-se UNO.

        Vocês são o que há de mais VIL neste estado e no país.

        Minas de TIRADENTES chora e lamenta...

        Oh, Minas Gerais, quem te conhece não RECONHECE...

        Vergonha! Vergonha!  Vergonha...

        Piso salarial dos professores chegará a R$ 1.450,86 em 2012

         

        Projeção do Tesouro para o valor, que representa reajuste de 22%, ainda pode ser alterada até o fim do ano


        Priscilla Borges, iG Brasília


        A projeção de arrecadação de impostos feita pelo Tesouro Nacional mostra que o piso salarial dos professores brasileiros deve chegar a R$ 1.450,86 em 2012. O valor é 22% maior do que o definido pelo Ministério da Educação para este ano, de R$ 1.187,08, e promete causar polêmicas entre governantes estaduais e municipais. Apesar de previsto em lei, o salário ainda não é cumprido por todos os Estados e municípios, que alegam falta de recursos para pagá-lo.
        Leia também:
        Essa é a menor remuneração que os professores devem receber por 40 horas de trabalho semanais. Vale lembrar, no entanto, que o valor ainda pode sofrer alteração. O reajuste do piso salarial é calculado com base no valor mínimo gasto por aluno segundo o Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb). Com as previsões já divulgadas pelo Tesouro, cada estudante custará R$ 2.009,45, pelo menos. Porém, só em dezembro, quando os cálculos são atualizados, o MEC divulga o valor final do piso. Os reajustes passam a valer em janeiro.

        A previsão é um pouco maior do que a calculada inicialmente pelo consultor educacional Luiz Araújo e divulgada pelo iG nesta terça-feira. Ele havia utilizado o reajuste sofrido pelo custo mínimo por aluno no Fundeb (que será de 16,68% em 2012) para calcular o piso salarial. Porém, a metodologia usada pelo MEC para fazer essa conta leva em consideração os valores estimados para gasto por aluno dos dois anos anteriores (2010 e 2011). O índice ficou em 22%.

        “As projeções do Tesouro não costumam ficar muito fora daquilo que de fato acontece. Às vezes, há ajustes para menos ou mais”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad.

        Recursos extras
        A partir da projeção de receita arrecadada com impostos por Estados e municípios, a União coloca mais recursos no Fundeb. Essa verba é destinada aos Estados que não conseguirão investir o valor mínimo estabelecido para cada aluno em todas as etapas da educação. Em 2012, o governo federal vai colocar R$ 10,6 bilhões no fundo. E parte desse recurso, pouco mais de R$ 1 bilhão, poderá ser usado para auxiliar a pagar o piso salarial.

        Somente os Estados que receberão o complemento da União para financiar o ensino podem receber ajuda para o pagamento do piso dos professores. Em 2012, serão: Minas Gerais, Paraná, Alagoas, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Bahia, Paraíba e Pernambuco. Porém, municípios em dificuldade que pertençam a outros Estados podem solicitar recursos extras ao MEC. Em janeiro, o ministério aprovou critérios para ajudar prefeituras.

        Segundo o MEC, menos de dez municípios solicitaram apoio desde então. Nenhum deles recebeu o benefício, porque não conseguiram preencher os pré-requisitos exigidos pela pasta.

        quinta-feira, 22 de setembro de 2011

        ESSE É O NOSSO BRASIL...



        A mesma Justiça que decretou a ilegalidade da greve dos professores estaduais por melhores salários estava nessa quarta na escadaria do Fórum manifestando por um reajuste de 14,7%.

        E, como se não bastasse, também nesse dia, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concederam a si mesmos um aumento de 59% no auxílio-moradia. O valor passa de R$ 2.750 para R$ 4.377,73.

        Lembrando que muitos brasileiros não têm casa própria, mas contribuem do próprio bolso para pagar a moradia dos juízes, como se eles não tivessem condições de arcar com a despesa.

        Esse é o Brasil...


        Fonte: Blog do Benny


        quarta-feira, 21 de setembro de 2011

        Carta Aberta ao Desembargador Ronei Oliveira


          ad aeternum. Parece-me, aqui, que uma das formas de a Justiça contribuir para garantir, na aplicação da Lei, os "fins Sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum", seria obrigar Estado mineiro a cumprir, sem subterfúgio, a legislação existente e instruí-lo a reformar a péssima Carreira Docente em vigor. Esta contribui mais para a desmotivação do professorado do que lhe acena com os justos ganhos decorrentes da busca por mais e melhor formação e da comprovada experiência adquirida no exercício da profissão.
        Belo Horizonte, 17 de setembro de 2011.

        "Na aplicação da Lei, o Juiz atenderá aos fins
        Sociais a que ela se dirige e às exigências
        do bem comum."(Art. 5º da Lei de Introdução
        às Normas do Direito Brasileiro)

        A gente não quer só comida
        A gente quer comida
        Diversão e arte
        A gente não quer só comida
        A gente quer saída
         Para qualquer parte...

        A gente não quer só comida
        A gente quer bebida
         Diversão, balé
        A gente não quer só comida
        A gente quer a vida
        Como a vida quer...
        ...

        A gente não quer Só dinheiro
        A gente quer dinheiro
        E felicidade
        A gente não quer Só dinheiro
        A gente quer inteiro
        E não pela metade...
        (Comida – Titãs)

        Caríssimo Senhor Desembargador:

        Foi com imensa tristeza que soube de Vossa decisão de determinar o imediato retorno dos professores mineiros ao trabalho, ou seja, às salas de aula. Não posso negar, também que fiquei surpreso ao ler o teor do texto que fundamenta/justifica a decisão de Vossa Senhoria.

        Como cidadão, professor, e, como o Senhor, funcionário público remunerado pela população – inclusive a dos "grotões mineiros" em que, segundo vosso texto, fruto de vosso insuspeito conhecimento de causa, as crianças vão à escola "mais atraídos pelo pão do que pelo ensino" –, também considero importante que "na aplicação da Lei, o Juiz atenderá aos fins Sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum." Mas, pergunto, Senhor Desembargador, estaria mesmo a vossa decisão colaborando para o bem comum?

        No plano nacional, a nossa primeira Constituição, de 1824, já determinava que a educação elementar seria pública e gratuita. Em nosso passado recente, a Magna Constituição de 1988 garante esse mesmo direito e expande ao determinar a natureza pública e subjetiva do mesmo. O mesmo faz, como não poderia deixar de fazê-lo, o Estatuto da Criança e do Adolescente (1991) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996).

        Veja, Senhor Desembargador, em Minas Gerais a primeira legislação para a instrução pública, a Lei no. 13, é do ano de 1835. Ou seja, foi uma das primeiras leis que nossos legisladores acharam por bem aprovar porque reconheciam, mesmo dentro de limites às vezes estritos, a importância da educação pública. De lá para cá, se contarmos, veremos centenas de atos legislativos que, como aquela Lei fundadora, vieram garantir o legítimo direitos dos cidadãos a uma educação pública, gratuita e de qualidade.

        No entanto, poderíamos perguntar: estariam esses direitos sendo garantidos de fato? Sabemos que não, e não apenas para os dos "grotões mineiros". E isto não apenas hoje.

        Ensina-nos a história da educação mineira que desde o século XIX tem-se muito claro que os professores constituem elemento fundamental para a qualidade da escola. No entanto, desde lá também se sabe o quão difícil é garantir a entrada e permanência dos professores na profissão. Veja, Senhor Desembargador, o que dizia um Presidente da Província de Minas em 1871, isto é, há 140 anos: "À par da crêação das escolas normaes devem se augumentar os vencimentos dos professores. Não se pode esperar que procurem seguir carreira tão pouco retribuída aquelles, que, depois de instruídos nas escolas normaes, sejão convidados para outros empregos com esperança de um futuro lisongeiro". [Antonio Luiz Affonso de Carvalho, Presidente da Província de Minas Gerais, em 02/03/1871]

        Passados todos estes anos, e não são poucos, o que demonstram, hoje, a experiência dos professores mineiros e as mais diversas pesquisas acadêmicas é que em breve faltarão professores para a escola básica brasileira. Aliás, para algumas disciplinas essa falta já é sentida hoje. Mas não apenas isto. O mais grave é que, independentemente do número, verifica-se que a profissão perdeu, de vez, o poder de atrair/seduzir jovens talentos. Ou seja, a tarefa socialmente relevante e culturalmente fundamental de conduzir as novas gerações ao mundo adulto já não atrai parcela significativa (e necessária) de sujeitos dessa mesma sociedade. É como se os jovens estivessem dizendo: não vale a pena jogar o melhor das minhas energias nessa tarefa, apesar de sua relevância social e cultural.

        Veja, pois, Senhor Desembargador, que o poder público mineiro vem lesando, há séculos, nossas crianças em seu mais que legítimo direito à educação. E, convenhamos, a considerar o atual salário dos professores mineiros, mesmo se comparado ao Vosso tempo de "vacas magras", a atual administração estadual nada fez para atacar o problema. Muito pelo contrário, o agravou com a famigerada política de subsídio. Considere, pois, Senhor Desembargador, que as "queridas vacas", como dizia a adorável professora do Drummond, estão tão magras que em breve delas não teremos nem o leite, nem a carne, nem o osso e nem mesmo o berro!

        É louvável, Senhor Desembargador, a Vossa preocupação com a fome das crianças dos "grotões mineiros", assim como com a garantia do direito à educação para a toda a população mineira e com os danos causados pela greve ao alunado. Por outro lado, não posso concordar que essa greve seja abusiva ou que precisaria se arrastar
         : "Para quem nunca inalou gás de pimenta, a sensação é a seguinte: um fogo na cara, um ódio no coração e muita tosse". Mesmo sem a cobertura da fumaça, foi lá que o Estado de Minas, por meio de seus agentes legalmente constituídos, nos deu uma péssima lição de cidadania. Penso, Senhor Desembargador, que o episódio da Praça da Liberdade, este sim, merecia uma rápida investigação e a punição exemplar daqueles que, atualizando o que há de pior em nossa história, violentaram não apenas os professores, mas todos nós, cidadãos deste país. Logo, imagino, também ao Senhor.
        Sabemos, Senhor Desembargador, que a justa decisão daquele que, mantido pelo poder público, tem o dever e a legitimidade para decidir, é, também, aquela que interpretando a Lei, de mãos dadas com a experiência passada, descortina, no presente, o futuro que pretende criar. A Justiça, Senhor Desembargador, se faz quando se tem em mente os problemas (futuros) que nossas soluções criarão ou deixarão de criar. A Justiça se faz, também, quando combate injustiças duradouras e possibilita a criação de condições de uma duradoura justiça!

        Se o direito à educação de qualidade não se faz apenas garantindo o acesso, este direito está, hoje como ontem, ameaçado, e sua garantia não se faz na sala de aula e no pátio da escola, mas nas ruas e na praças ocupadas pelos professores em greve. Neste momento, a continuidade da greve como forma de obrigar a administração estadual a responder, de fato, à situação humilhante dos professores estaduais com melhores salários e condições de trabalho, é a única forma de garantir o direito à educação, em cuja defesa todos nos irmanamos.

        As crianças que freqüentam a escola pública e as famílias que pagam impostos para que o Estado a garanta, Senhor Desembargador, "não querem só comida". Querem tudo a que têm direito! Têm direito, inclusive, a professores sejam felizes e satisfeitos com seus salários e suas condições de trabalho! Professor que foi, aluno que aprendeu com alguma professora nos bancos de uma escola, o Senhor Desembargador deve saber também que a única forma de fazer uma boa escola ou uma boa escola é que os professores tenham, eles também, os seus direitos reconhecidos e protegidos. Eles não querem "só comida"!

        Finalmente, Senhor Desembargador, é preciso lembrar que, contrariamente o ditado popular, nem sempre onde há fumaça há fogo. E, às vezes, pode haver fogo se haver fumaça. Para isto, bastaria ver a Praça da Liberdade na sexta feira. O "gás de pimenta" pode "ser fogo", como disse, em mensagem eletrônica uma professora que lá estava

         
         
         
        Luciano Mendes de Faria Filho
        Professor de História da UFMG -
        Coordenador do Projeto Pensar a Educação no Brasil