terça-feira, 30 de agosto de 2011

O sexo tem espaço na sua agenda?

 

“É preciso entrar em sintonia para ter um bom sexo e compensar a falta da explosão sexual de outros tempos”


Fátima Protti - IG
 
Foto: Getty Images Ampliar

Cansados demais para o sexo?

São muitos os fatores que levam um casal a diminuir a frequência sexual nos primeiros três anos de convivência. Impossível não notar, porém, que a sobrecarga de atividades afeta diretamente o relacionamento íntimo. Por conta das agendas lotadas acaba sobrando pouco tempo e energia para o sexo.

O desencontro sexual passa a ser motivo de frustrações e desentendimentos. Os casais querem sim um bom sexo – como curtir fantasias, carícias e relações mais intensas –, mas acabam caindo na armadilha da “rapidinha”, que é a transa ligeira e sem muito empenho das partes.

A vida moderna nos faz crer que a quantidade de atividades que exercemos reflete a nossa utilidade e reconhecimento social – quanto mais, melhor. Achamos bacana comentar com os amigos a respeito dessa agitação e até nos sentimos estranhos quando temos tempo para relaxar.

O sexo exige disposição, bem-estar e desligamento das coisas do mundo. Muitos procuram a aproximação armando encontros com os amigos, o que não é eficiente. Isso pode realmente gerar momentos de muita descontração, mas não prepara os pares para um encontro sexual. É mais comum os dois chegarem cansados em casa depois de uma noitada, com sono, e até alcoolizados. Então só resta deitar e dormir.

O casal precisa incluir em sua vida semanal momentos para curtir juntos, como um bom papo, uma taça de vinho e muitos carinhos. É preciso entrar em sintonia para ter um bom sexo e compensar a falta da explosão sexual de outros tempos, quando tudo era novidade. É preciso entender que, após algum tempo de união, as pessoas precisam de estímulos para a motivação sexual e, dessa forma, o tempo para namorar é a melhor receita para manter o interesse.

A maioria dos casais entende o casamento como uma finalização do namoro, mas não é. Com o passar do tempo, boa parte do que havia no namoro vai se perdendo, como o beijo na boca, por exemplo. Aliás, o beijo é um ótimo termômetro: na medida em que ele diminui, a aproximação sexual também tende a cair.

Leia Também: A importância do beijo nos relacionamentos amorosos

Visiste o site oficial da sexóloga Fátima Protti
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  • Seu filho não gosta da escola? A culpa pode ser sua

     

    Atitude dos pais é fundamental para a criança desenvolver o desejo pelo saber e o gosto pelo ambiente escolar


    Thelma Torrecilha - IG


    Foto: Getty Images Ampliar
    Gosto pelo aprender deve ser estimulado pelos pais


    Não dá para exigir que o filho seja um aluno brilhante se ele cresceu comendo só macarrão e vendo televisão. Uma visão restrita do mundo e a ausência de esforço para descobrir e aprender coisas novas podem comprometer o futuro escolar de uma criança. A aprendizagem começa nos momentos mais simples e corriqueiros da vida e os pais podem fazer muito mais do que ler livros na frente dos filhos ou contar histórias para incentivar o hábito da leitura. É preciso valorizar o conhecimento.

    Leia mais textos da colunista- Combate ao machismo começa na infância e dentro de casa
    - Namorar não é coisa de criança

    A disposição para estudar está relacionada com a forma com que os pais mostram o mundo para os filhos desde pequenininhos. Para desenvolver o seu potencial, a criança precisa ser estimulada. Quando o desejo pelo saber é cultivado desde o berço, ela carregará isso para o resto da vida.
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    É importante poder comer livremente, sem medo de sujar a roupa, para experimentar com prazer os variados alimentos. É assim que se aprende a fazer uma refeição saudável. Também é importante ter alguém com paciência para ouvir uma longa história aparentemente sem pé nem cabeça. É assim que a criança desenvolve vocabulário e aprende a colocar início, meio e fim a um enredo.

    Muitos pais só acordam para importância do saber e do aprender quando os filhos começam a ter dificuldades na escola. Quando isso acontece, muito tempo e muita coisa importante já foram deixados para trás. É mais difícil tirá-los de uma zona de acomodação do que valorizar passo a passo os resultados que alcançam mediante o esforço para aprender cada coisa do dia a dia.

    Disciplina e aprendizagem

    Segundo a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Quézia Bombonato, cabe à família contribuir para a aquisição do saber e mostrar as funções da escola. Está nas mãos dos pais motivar e disciplinar a criança para a vida escolar. “A disciplina favorece a aprendizagem. E o vínculo que a criança faz com a aprendizagem passa pela relação com o professor e com a família. A primeira aprendizagem começa na família. O saber começa em casa”.

    Gostar da escola é diferente de gostar de estudar, mas quando a criança gosta da escola já é meio caminho andado. Segundo Quézia, a postura da família é fundamental na adaptação do aluno. Se os pais vivem criticando os professores e a escola, acabam desmotivando a criança ou o adolescente.

     
    Foto: Mariana Newlands
    Saiba como jogar amarelinha e outras brincadeiras

    Especial 100 Brincadeiras




    A psicopedagoga disse que “cansa de ouvir” pais reclamando que “a escola marca prova para segunda-feira e estraga o domingo da família”. Com afirmações como essa, a escola está sendo desacreditada e desvalorizada. Ela adverte que a insatisfação com procedimentos da instituição de ensino e com erros dos professores deve tratada diretamente na escola, e não comentada de forma desrespeitosa com os filhos.

    O futuro está sendo preparado quando os pais investem em brincadeiras e estímulos culturais e sociais da aprendizagem. Meninos e meninas precisam viver com papel e lápis nas mãos, ouvir e contar histórias, folhear livros e revistas, brincar de correr, de esconde-esconde, de jogar dominó, quebra-cabeça e tantos outros jogos que favorecem o desenvolvimento de áreas do cérebro associadas ao aprendizado. Descobrindo a beleza das árvores em um parque, os mistérios das prateleiras de uma biblioteca e a diversidade dos animais de um zoológico, eles despertam para o saber e podem compreender que a escola é um lugar valioso para aprender ainda mais.

    Leia mais11 atividades para curtir com as crianças
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    segunda-feira, 29 de agosto de 2011

    Em busca da fórmula do amor

     

    Psicólogo representa em número as relações saudáveis e as inadequadas


    Ricardo Donisete, especial para o iG São Paulo


    Foto: Getty Images Ampliar
    A soma ideal deve preservar as duas partes e criar mais uma: o amor

    Se fosse uma ciência, o amor dificilmente estaria no campo das exatas. Mas para o psicólogo e pedagogo Dirceu Moreira, as relações amorosas podem sim ser traduzidas em números. Em seu novíssimo livro “A Matemática do Amor” (Wak Editora, 160 páginas), o autor joga um pouco de razão nesse papo de relacionamento. O resultado é um manual interessante que lista cinco variações de dinânicas entre casais. Veja quais são elas e torça para a sua somar “1+1+1”.

    Leia também em Amor e Sexo:Dúvidas sobre o sexo no casamento
    O casamento semifeliz e outros tipos
    Qual erro você comete durante uma briga?



    ½+½ = ½
    Como mostram os números, essa operação tem duas metades que não se juntam. Ela representa os casais formados por parceiros distanciados – um não acrescenta nada na vida do outro. Trata-se das relações mornas e semifelizes. “Neste tipo de relacionamento, os dois cederam, porém o curioso é que não se somaram”, avalia Moreira. O risco, segundo o autor, é de uma explosão inesperada de um dos lados.

    1+½ = 1
    Nessa conta um dos lados se sente superior ao outro, seja intelectualmente ou financeiramente, e subjuga a outra parte. O submisso, no entanto, não é totalmente vítima, ele aceita ser anulado, mas pode virar o jogo de alguma forma. “Este tipo de relacionamento pode levar a uma traição, uma forma inadequada de buscar o amor”, esclarece Moreira.

    1+1 = 1
    Simbiose é a marca dessa relação. Um parceiro não faz nada sem o outro, e, dessa forma, os pares ficam dependentes e perdem a individualidade – e a graça, convenhamos. Nesse caso, a parte mais frágil tende a se deixar levar pela mais forte, copiando gostos e costumes. O medo de perder a cara-metade é latente. “Aquele que foi anulado pode ter uma atitude de isolamento e até mesmo de depressão, se afastando de amigos e familiares”, conta Moreira, dizendo que é muito comum essas pessoas ficarem perdidas quando a relação acaba.

    1+1 = 1+1
    “Parceiros” não é o termo mais correto para representar esse tipo de casal, já que eles vivem em competição. De acordo com Moreira, uniões “1+1” são muito frequentes atualmente. Devido ao individualismo exacerbado, muitas pessoas são incapazes de compartilhar na vida a dois – e isso pode ser notado principalmente no campo financeiro. Se insistirem na dinâmica, o destino tratará de oficializar a separação que já existe.
    Veja Também:
    1+1 =1+1+1
    Calma, nem todas as uniões são negativas. Essa operação representa os casais que têm parceiros mais realistas, que aprenderam com o que viveram no passado e que conseguem projetar um futuro em conjunto. Os dois crescem juntos com reciprocidade de sentimentos, conseguindo conquistar o terceiro elemento da equação, o amor. Moreira conta que passar pelas situações anteriores pode fazer parte do caminho em busca de uma relação mais saudável. Não perca a esperança!

    domingo, 28 de agosto de 2011

    Depois da descoberta do Viagra, o que ainda falta para eles?

     

    O urologista americano Arthur Burnett faz um balanço dos 13 anos da pílula azul e fala sobre os novos desafios da medicina


    Júlia Reis, iG São Paulo |

    Foto: Divulgação Ampliar
    Burnett: "Achamos uma solução que responde bem, mas temos que reconhecer outras complexidades do homem moderno"

    Enquanto as mulheres enfrentam dificuldades para sentir desejo ou atingir o orgasmo, o problema sexual que mais aflige os homens é a disfunção erétil. No caso deles a solução está, em parte, dentro de um comprimido: o Viagra. O remédio completa 13 anos de mercado ao lado de outras pílulas que também prometem potência na cama. Mas a sexualidade masculina pode ser mais complexa do que se imagina, diz o urologista americano Arthur Burnett, do hospital Johns Hopkins. Ele afirma que os homens também colecionam causas psicológicas para a dificuldade de desempenho e que é preciso compreender o homem moderno além de prescrever receitas.

    Em entrevista ao iG, Burnett fala sobre sexualidade e reflete a respeito dos medicamentos para ereção como uma questão mais ampla, que envolve as duas partes do casal. O profissional comenta ainda a dificuldade em tratar a falta de libido nas mulheres – o que elas farão com homens tão potentes?

    iG: O Viagra está há mais de uma década no mercado. Fazendo um balanço, qual a grande contribuição do remédio para a sexualidade dos casais e qual o próximo passo que podemos esperar?
    Arthur Burnett:
    O grande fenômeno foi poder tratar de forma efetiva o problema de disfunção com um remédio via oral. Há 20 anos não pensávamos nisso: eram tratamentos com ervas que não sabíamos se funcionavam ou cirurgias e próteses. Avançamos nos estudos para entender a ereção e, nesse caminho, outros aspetos ganharam mais atenção. Mas não curamos o problema da ereção de maneira sustentável, ainda falamos de um remédio que você tem que tomar regularmente para funcionar.

    iG: Existem causas orgânicas que dificultam a ereção de um homem. Mas, assim como ocorre com as mulheres, outros fatores os perturbam psicologicamente e alteram o desempenho na cama?
    Arthur Burnett:
    Estamos acostumados a separar as causas físicas das emocionais. Listamos condições médicas, como diabetes e problemas de coração, e colocamos ao lado as questões emocionais, como a ansiedade de performance e crises na relação amorosa. Mas a ereção é uma resposta complexa do corpo e tem ainda a interação do cérebro. Em muitos homens o problema está na mistura dos fatores, é complexo.
    Ainda temos um longo caminho até desenvolver uma solução que funcione do mesmo jeito para as mulheres.

    iG: Então podemos dizer que a sexualidade masculina é complexa como a feminina, e não baseada só no pênis como diz o senso comum?
    Arthur Burnett:
    No senso comum usamos a imagem do computador para explicar como consertar a disfunção sexual em cada gênero: a do homem é resumida em um botão e a da mulher em muitos botões complicados... Mas a verdade está no meio do caminho. Os problemas masculinos têm outras variáveis como ansiedade e orientação sexual. Alguns pacientes querem a prescrição do remédio para conseguir a ereção e também desejam tratar essas questões, então eu os encaminho para psicoterapeutas.

    Devemos mudar nossa forma de pensar. Não dá para dizer ao paciente ‘olha, você já tem uma ereção, já tem o Viagra, pode ir embora do consultório’. Achamos uma solução que responde bem, mas temos que reconhecer outras complexidades do homem moderno. Além disso, as pessoas podem responder melhor ao remédio se melhorarem o estilo de vida.

    Foto: Thinkstock/Getty Images Ampliar
    Ainda não existe solução semelhante ao Viagra para as mulheres

    iG: Pensando na realidade dos casais, o Viagra melhorou muito a situação para os homens. Mas como o remédio mudou o sexo para as mulheres? Agora elas têm parceiros que podem estar sempre potentes, mas isso não garante que estejam satisfeitas sexualmente.
    Arthur Burnett:
    Tivemos que reconhecer que a atividade sexual trata de duas pessoas funcionando juntas, e isso chamou a atenção para a questão feminina também. Hoje temos mais compreensão que a sexualidade é uma questão do casal. E uma falta de lubrificação da mulher, por exemplo, mostra que o problema está na dinâmica dos dois.

    iG: O Viagra deve ter estimulado homens com problemas de ereção a procurar ajuda médica. Mas mesmo assim será que eles ainda demoram muito para assumir que o problema está em si? Primeiro culpam o casamento, a rotina, o estresse...
    Arthur Burnett:
    Sim. Com o remédio existe uma forma de lidar com o problema de forma efetiva. Antes o médico não gostava nem de entrar na discussão porque não tinha uma resposta para a condição do paciente. Agora ele tem. Mas é muito possível que homens ainda demorem a assumir. Eles são teimosos e tendem a culpar o entorno, é parte da natureza masculina.

    iG: Homens ainda têm vergonha de contar para a parceira que tomam remédio para garantir a ereção?
    Arthur Burnett:
    Sim, muitos tomam escondido. É difícil para eles. Por outro lado alguns querem tomar para se exibir, baseados no mito que ficarão por horas com uma ereção. Nem sempre é o casal que vem ao consultório.
    iG: Há alguns anos é estudada uma versão feminina do Viagra, mas nada foi aprovado. Porque as soluções para as mulheres são mais difíceis?
    Arthur Burnett:
    Ainda temos um longo caminho até desenvolver uma solução que funcione do mesmo jeito para as mulheres. Nelas o problema dominante é na libido e isso envolve hormônios e outros aspectos. Elas podem até ter mais lubrificação com remédio, mas isso não resolve a libido. Urologistas e ginecologistas nem querem tratar de assuntos da sexualidade feminina porque não têm muito que oferecer. Esse é o desafio.
    Veja mais:

    sábado, 27 de agosto de 2011

    Habilidade matemática já aparece em crianças pequenas

     

    Crianças com bom senso numérico tendem a ter melhores resultados na solução de problemas


    The New York Times |


    Segundo um novo estudo, crianças de 3 anos possuem um 'senso numérico’ que pode estar ligado à aptidão matemática.

    Melissa Libertus, psicóloga da Johns Hopkins University, e colegas examinaram algo chamado 'senso numérico’, uma intuição – não envolvendo contagens – acerca do conceito de mais e menos. Isso existe em todas as pessoas, disse Libertus, incluindo bebês e povos indígenas sem qualquer educação formal.

    Os pesquisadores mediram essa intuição em crianças pré-escolares exibindo grupos de pontos azuis ou amarelos, piscando numa trela de computador. As crianças tinham de estimar qual grupo de pontos era maior em número. Como a exibição era rápida, elas tinham de usar seu senso numérico em vez de contar os pontos.

    Foto: Getty Images
    Estudo da Universidade Johns Hopkins é o primeiro a explorar
    conexão entre matemática e senso nunérico em crianças pequenas

    As crianças com melhor senso numérico também mostraram melhores resultados em problemas simples de matemática propostos pelos pesquisadores. Eles pediram que as crianças contassem em voz alta o número de imagens numa página, que lessem números arábicos e fizessem outros cálculos simples.

    Estudos anteriores mostraram que existe uma conexão entre o senso numérico e a habilidade matemática em adolescentes. Mas este é o primeiro estudo a explorar essa conexão em crianças por pouca ou nenhuma educação formal.
    Leia mais:
    “Estávamos interessados nas habilidades matemáticas mais precoces nas crianças, desde antes de entrarem na escola”, afirmou Libertus. Compreender isso poderia ajudar a nivelar o ensino de matemática entre crianças.

    Libertus espera que, com mais resultados, jogos ou programas de ensino possam ser desenvolvidos para crianças visando aprimorar seu senso numérico.

    A pesquisa foi publicada numa recente edição da revista 'Developmental Science’.

    sexta-feira, 26 de agosto de 2011

    Oito filmes para melhorar a vida amorosa

    Casais do cinema estimulam reflexões sobre amor, conquista, casamento e separações



    Redação, iG São Paulo



    Quem nunca encarou o celular esperando um homem ligar, questionou a satisfação no casamento ou se apaixonou loucamente? Os encontros e desencontros amorosos servem de lição para os relacionamentos. Com os filmes não é muito diferente: os dilemas e romances das tramas às vezes se parecem com a vida real e fazem o expectador rir ou chorar de seus próprios dramas. Veja uma seleção de oito histórias do cinema que têm algo a ensinar sobre o amor:

    Ele Não Está Tão A Fim de Você, 2009Bom para: cair na real sem encarar uma sessão de terapia
    Assista:
    com amigas ou sozinha

    De forma divertida você vai descobrir que a vida amorosa pode ser bem difícil para mulheres sonhadoras. No racional mundo masculino, “sim” é “sim”, “não” é “não” e “talvez” é “não” também. A ingênua Gigi toma um fora atrás do outro até sacar que os caras realmente interessados não fazem número. É possível que no final você volte acreditar no amor, porém de uma forma mais esperta e realista. Não só as solteiras tirarão proveito do filme. Uma das discussões mais bacanas, e talvez a mais profunda, diz respeito ao modelo de “casamento feliz” que temos hoje. Com Jennifer Aniston, Jennifer Connelly, Morgan Lily e Ben Affleck.

     
    Foto: Reprodução
    Às vezes é preciso encarar a verdade e parar de fantasiar:
    ele simplesmente não está a fim de você

    História de Nós Dois, 1999Bom para: lembrar dos valores e dificuldades que todo casamento tem
    Assista:
    sozinha ou com amigas
    Não há casamento que sobreviva por 15 anos sem altos e baixos. Quem está em um relacionamento estável se identifica com a crise conjugal de Ben e Katie, pais de dois filhos e em processo de separação. Será que mesmo com mágoas e desgaste vale a pena dar uma chance para resgatar o amor? Com Michelle Pfeiffer e Bruce Willis.

    Bom para: entender que o homem ideal não é o homem perfeito
    Assista: com as amigas solteiras

    Foto: Reprodução
    O cara certo pode usar as roupas erradas, como em "O Diário de Bridget Jones"

    O Diário de Bridget Jones, 2001
    Como tantas mulheres, Bridget tem resoluções para mudar o rumo de sua vida – e encontrar um namorado – depois do Ano Novo. Mas suas idealizações serão colocadas à prova quando ela começa a se relacionar com um homem que parece perfeito, mas não assume o romance entre eles. Será preciso perceber que o homem ideal é aquele que gosta dela como ela é, mesmo que ele tenha defeitos como usar roupas cafonas que ganhou da mãe. Com: Renée Zellweger, Colin Firth e Hugh Grant.


    Harry e Sally – Feitos Um Para O Outro, 1989
    Bom para: entender que é preciso de tempo, trabalho e autoconhecimento para um final feliz
    Assista:
    com as amigas ou o parceiro
    A personagem Sally ensina: amores verdadeiros e orgasmos falsos não são coisas que se revelam à primeira vista. Quando conheceu Harry a única coisa recíproca que eles tinham era a irritação. E assim como em relacionamentos fora das telas, o amor dos dois chegou sem fogos de artifício nem grandes revelações. O filme ajuda a lembrar que o amor não é mágico, mas as histórias de amor são. Com Meg Ryan e Billy Crystal.
    Closer – Perto Demais, 2004Bom para: perceber que é preciso fazer escolhas para manter um casamento
    Assista:
    sozinha

    Uma sequência de traições entre dois casais mostra que a tentação está sempre ao lado e, mesmo amando alguém, outras pessoas interessantes vão passar pela sua frente: trair, separar ou assumir um casamento são escolhas com consequências. É o que acontece com o jornalista Dan, dividido entre a paixão pela namorada stripper e o encantamento por uma fotógrafa que conhece. Não é possível ter tudo. Com: Julia Roberts, Jude Law, Natalie Portman e Clive Owen.
    Foto: Reprodução
    “Closer” mostra as difíceis escolhas que o casamento traz

    As Pontes de Madison, 1995
    Bom para: entender que nem sempre o homem da sua vida é aquele com quem você vai viver
    Assista: com uma caixa de lenços de papel

    O casamento de Francesca não é lá estas coisas. Casada, mas solitária, a italiana passa os dias ocupada com os afazeres domésticos da fazenda onde mora com o marido. Quando um fotógrafo da National Geographic bate à porta para pedir uma informação, a vida da dona de casa muda - embora ela opte por continuar no mesmo lugar. Romance nem sempre enche barriga. Mas os quatro dias de sonho vividos por Francesca e Robert, o fotógrafo, são suficientes para embalar a vida dela até o fim. E para desencadear nas espectadoras um choro ainda mais copioso do que a tempestade que desaba na hora da difícil decisão de Francesca. Com Meryl Streep e Clint Eastwood.

    Foto: Reprodução
    Em "De Repente é Amor", Kutcher e Peet ensaiam, mas nunca engatam, uma relação

    De Repente é Amor, 2005
    Bom para:
    aprender a valorizar os encontros inesperados que a vida oferece
    Assista:
    com o melhor amigo ou amigas
    Oliver e Emily parecem não ter nada em comum. Ficam juntos assim que se conhecem, mas não engatam uma relação logo de cara: entre desencontros e muita cumplicidade eles passam anos esperando as condições perfeitas para uma relação: mas será que existe o momento ideal? Com Ashton Kutcher e Amanda Peet.

    Alguém tem que ceder, 2003Bom para: repensar os padrões e aparências da relação amorosa
    Assista: com o parceiro ou sua mãe
    É possível colocar na balança algumas expectativas em relação ao par perfeito assistindo o encontro entre um homens mais velho que só se relaciona com mulheres jovens e uma mulher mais velha que é conquistada por um homem mais jovem. Quem será a boa companhia para viver a vida e será que os estereótipos de casais perfeitos importa? O longa mostra que nunca é tarde para aprender a ser feliz de um jeito diferente do que você sempre planejou. Com: Jack Nicholson, Diane Keaton, Keanu Reeves e Amanda Peet.

    Exclusão da educação começa nos primeiros anos

     

    Resultados de prova aplicada no início da vida escolar mostram que desempenho da rede particular é superior logo nos primeiros anos


    Marina Morena Costa, iG São Paulo |
     
     
     
     
    Pela primeira vez o Brasil aplicou uma avaliação para medir a qualidade da alfabetização dos estudantes e diagnosticar problemas logo no início da vida escolar. Os resultados são alarmantes e mostram que as desigualdades entre as redes pública e privada começam desde cedo.

    Em Matemática, apenas 32,6% dos alunos de escolas públicas alcançaram o resultado esperado, enquanto 74,3% atingiram os objetivos desejados na rede privada. A diferença se repete em Português, que teve provas de interpretação de texto e uma redação. Em Leitura, 79% dos estudantes de escolas particulares aprenderam o que era esperado, enquanto 48,6% tiveram o desempenho ideal na rede pública. Na escrita, 82,4% das crianças que estudam em escolas particulares estão no nível desejado; já nas públicas, 43,9% alcançaram o mesmo resultado.

    A prova batizada de ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) foi aplicada pelo movimento Todos Pela Educação, que tem como uma das metas que toda criança seja alfabetizada até os 8 anos de idade. Para Priscila Cruz, diretora-executiva da entidade, a diferença entre as redes e entre as regiões tende a se ampliar ao longo da vida escolar, por isso o diagnóstico precoce das defasagens é importante.

    O exame foi aplicado a 6 mil alunos que concluíram o 3º ano (2ª série) do ensino fundamental em 250 escolas públicas e particulares localizadas em todas as capitais do País e no Distrito Federal. "Mesmo as melhores notas não são boas, pois 100% das crianças deveriam ter atingido o mínimo esperado", reforça Priscila.

    A avaliação seguiu a escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e teve como média 175 pontos – aprendizado ideal para a etapa da educação avaliada. Em Leitura, era esperado que os alunos conseguissem identificar temas de uma narrativa, localizassem informações explícitas, identificassem características de personagens e percebessem relações de causa e efeito, entre outras tarefas. Em Matemática, atingir no mínimo 175 pontos significa que os alunos têm, por exemplo, domínio da adição e subtração e conseguem resolver problemas simples.

    Na redação, foram avaliadas três competências: adequação ao tema e ao gênero; coesão e coerência e registro (grafia das palavras, adequação às normas gramaticais, segmentação de palavras e pontuação). Para isso, as crianças foram solicitadas a fazer uma carta com no máximo 10 linhas. Em uma escala que vai de 0 a 100 pontos, o desempenho esperado dos alunos avaliados era de pelo menos 75 pontos - a medida foi criada especialmente para a Prova ABC, pois o Saeb não valia a escrita.

    Cada aluno respondeu também a 20 questões de múltipla escolha de Leitura ou de Matemática – as crianças tiveram que responder a prova de apenas uma das disciplinas e todas fizeram a redação. A avaliação é uma parceria do movimento Todos Pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro /IBOPE, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    Brasil - Leitura  
    RedePontuação (média 175)Alunos com desempenho adequado
     Pública 175,848,6%
     Particular 216,779,0%
     Total 185,856,1%
    Brasil - Matemática  
    RedePontuação (média 175)Alunos com desempenho adequado
     Pública158,0 32,6%
     Particular 211,2 74,3%
     Total 171,1 42,8%
    Brasil - Escrita  
    RedePontuação (média 75)Alunos com desempenho adequado
     Pública 62,343,9%
     Particular 86,282,4%
     Total 68,153,4%
    Fonte: Prova ABC

    Regiões
    Na média nacional do Brasil, a maioria dos estudantes (57,2%) não aprendeu o que era esperado em Matemática, ou seja, nem a metade dos alunos (42,8%) consegue fazer operações simples como contas de adição e subtração com dois algarismos. Em Leitura, 56,1% atingiram o desempenho ideal e na Escrita 53,4% apresentaram as competências mínimas exigidas.

    A prova também registrou desigualdades entre as regiões brasileiras. O Sul, o Sudeste e o Centro ficaram acima da média nacional e tiveram percentuais de alunos com desempenho dentro do esperado superiores a 60% em português e próximos de 50% em matemática.

    Já o Norte e o Nordeste ficaram abaixo da média e tiveram cerca de 43% dos alunos com nível adequado em Português. Em Matemática o desempenho foi pior: no Nordeste, 32,4% dos estudantes aprenderam o esperado e, no Norte, apenas 28,3% estão no nível adequado.

    “Estes dados apontam que os baixos desempenhos em matemática apresentados pelos alunos brasileiros ao final do Ensino Fundamental, e posteriormente do Ensino Médio, começam já a serem traçados nos primeiros anos da vida escolar. Fato que nos coloca diante da necessidade de promover políticas públicas de incentivo a aprendizagem de matemática desde a alfabetização”, afirma Ruben Klein, consultor da Cesgranrio.

    Desigualdades
    Comparando a melhor média obtida em Matemática, na rede particular do Sul (224,9), com a pior, registrada na rede pública do Norte (145,4) há uma diferença de 79 pontos. Na porcentagem de alunos com aprendizagem dentro do esperado, a distância é de 64 pontos percentuais.

    Para os responsáveis pela pesquisa, as diferenças socio-econômicas entre as redes (particular e pública) e entre as regiões brasileiras são a causa principal da desigualdade de desempenho apontada pela Prova ABC. "Isso explica, mas não justifica. Essa diferença social precisa ser superada, com mais recursos, mais incentivos e mais políticas públicas", diz Priscila.

    Veja o desempenho das regiões em Matemática:
    Norte  
    RedePontuação (média 175)Alunos com desempenho adequado
     Pública 145,421,9%
     Particular 196,767,7%
     Total 152,628,3%
    Nordeste  
    RedePontuação (média 175)Alunos com desempenho adequado
     Pública148,0 25,2%
     Particular 186,9 54,7%
     Total 158,2 32,4%
    Sudeste  
    RedePontuação (média 175)Alunos com desempenho adequado
     Pública 161,935,6%
     Particular 224,280,6%
     Total 179,147,9%
    Sul  
    RedePontuação (média 175)Alunos com desempenho adequado
     Pública 171,344,5%
     Particular 224,986,3%
     Total 185,655,7%
    Centro-Oeste  
    RedePontuação (média 175)Alunos com desempenho adequado
     Pública 167,140,6%
     Particular 204,278,9%
     Total 176,550,3%
    Fonte: Prova ABC

    quinta-feira, 25 de agosto de 2011

    Beleza está em 7º lugar na lista de preferências dos solteiros

     

    Homens valorizam outras qualidades antes da estética, como fidelidade, sinceridade e romantismo


    Redação, iG São Paulo


    Uma pesquisa realizada com mais de dezoito mil solteiros de todo o Brasil mostrou que a beleza não é o fator mais importante para os homens que buscam uma parceira. De acordo com os dados divulgados pelo site de relacionamentos ParPerfeito, a “beleza física” ficou na sétima colocação do ranking que lista as onze principais qualidades desejáveis no sexo oposto. Fidelidade, sinceridade, determinação, romance e união são as cinco características mais procuradas por eles nas mulheres.

    Com relação ao tipo físico da mulher ideal, os números revelam que os homens apreciam formas mais harmônicas no corpo feminino, mas essa não é a questão central na busca de um amor. Para a pergunta “Que tipo físico você gostaria que sua parceira tivesse?”: 33% disseram que “tanto faz”; 23% preferem alguém “em forma”; 19% querem alguém com peso médio; 11% desejam as magrinhas; 7% valorizam aquelas que estão “um pouco acima” do peso; 4% gostam do corpo feminino “musculoso”; e 3% apontaram o tipo “pequeno” como preferido. Ninguém votou no tipo “muito acima do peso” como o melhor.

    Para conquistar uma mulher o visual é ainda menos importante. “Beleza física” amargou o décimo lugar no ranking delas. Contudo, problema mesmo é o desemprego: mais da metade (55%) não se relacionaria com um homem que não estivesse trabalhando no momento – enquanto apenas 11% deles se oporiam a namorar uma mulher desempregada.
    Confira o ranking das onze principais características que os homens solteiros buscam numa parceira:

    1º Lugar: "Alguém Fiel"
    2º Lugar: Sinceridade
    3º Lugar: “Pessoa decidida, que sabe o que quer da vida”
    4º Lugar: Romantismo
    5º Lugar: "Alguém que goste de cuidar de mim, de fazer tudo junto”
    6º Lugar: Personalidade idealista e sonhadora, “para construir uma vida realmente a dois”
    7º Lugar: Pessoa que valorize e mantenha sua beleza física
    8º Lugar: Alguém mais tradicional, que valorize a família e “goste de ficar em casa”
    9º Lugar: Pessoa divertida, descontraída e que “não valorize padrões estéticos”
    10º Lugar: Que goste de liberdade e saiba dar espaço
    11º Lugar: Tipo moderno, que curta lugares da moda
    Leitura para solteiros:
    Amor, casamento e filhos
    A pesquisa respondida anonimamente pelos usuários do site ParPerfeito revelou ainda outros anseios de homens e mulheres:

    - Na visão masculina a expressão “Eu te amo” quer dizer “Eu quero passar o resto da minha vida com você”, enquanto para a maioria das mulheres ela simplesmente demonstra que “Eu quero você na minha vida”.

    - Enquanto 58% dos homens querem ser pais, a proporção de aspirantes a mãe é bem menor: apenas 43% responderam ter esse desejo.

    - Está fora de moda a velha ideia de que mulher quer casar e homem não. Hoje a proporção de homens e mulheres que buscam o matrimônio é muito equilibrada, aponta o estudo.

    10 sinais revelam o viciado em redes sociais

    Psicóloga e ex-viciado descrevem as características dos viciados em sites de relacionamento


    Claudia Tozetto, iG São Paulo


    Viciados em redes sociais se comportam de forma parecida. Eles preferem a vida online à vida real, em que interagem ao vivo com amigos e familiares. "As pessoas que procuram tratamento em geral são motivadas por outras pessoas, como pais ou companheiro, porque não percebem o quanto isso a esta prejudicando", diz Dora Sampaio Góes, psicóloga do Ambulatório de Transtornos do Impulso do Hospital das Clínicas (HC), que mantém um grupo de apoio a viciados em internet.

    Segundo Dora, o vício em redes sociais é comum em qualquer faixa etária, mas, como em qualquer outro vício, os adolescentes estão no grupo de risco. Pessoas que possuem algum outro disturbio, como depressão, transtorno bipolar, déficit de atenção ou hiperatividade também são mais suscetíveis em se tornar viciada em redes sociais. "O uso excessivo da rede social é quase sempre um refúgio para não lidar com um problema real", diz Dora.
    Ainda nesta reportagem:
    No livro “Facebook Addiction: The life & times of social networking addicts” (ainda sem título em português), Nnamdi Osuagwu, um americano ex-viciado em redes sociais, também descreve outros sinais do vício. Ele é baseado na história de 12 membros da comunidade online Social Networking Anonymous (SNA), criada por Osuagwu em 2009.

    Confira abaixo 10 sinais descritos pelos especialistas consultados pelo iG que mostram se um internauta pode ter ultrapassado o limite entre a mania e o vício em redes sociais:
    -- Sente ansiedade em se conectar à rede social para ver o que os amigos estão fazendo;
    -- Vivencia episódios em que continuamente checa seu perfil na rede social enquanto faz outra atividade, como trabalhar ou se reunir com os amigos;
    -- Mente para familiares e amigos para continuar conectado nas redes sociais;
    -- Tenta controlar seu vício trocando de redes sociais, mas acaba mantendo seu perfil em todas elas;
    -- Atualiza seu status várias vezes durante curtos períodos de tempo;
    -- Deleta mensagens que publicou na rede social para que os amigos não percebam a quantidade excessiva de informações publicadas em um pequeno espaço de tempo;
    -- Passa noites em claro para atualizar seu perfil nas redes sociais;
    -- Fica de mau humor se viaja para algum local onde não existe conexão com a internet;
    -- Deixa de ver os amigos pessoalmente para manter relacionamentos apenas online;
    -- Tem mais amigos nas redes sociais do que realmente possui.

    segunda-feira, 22 de agosto de 2011

    Pátria amada


                                                   Guilherme A. Dias

    Ó Pátria amada,
    Idolatrada!

     
    Que Liberdade raiou no horizonte?
    Que grandeza espelha o teu futuro?
    Se seus campos
    Bosques
    Seios
    Não têm mais flores
    Mais vida,
    Mais amores!

     
    Que paz?
    Que futuro?
    Que glória?
    Que passado?

     
    Ó brava gente brasileira!
    Vossos peitos, vossos braços
    Não são mais muralhas do Brasil
    Pois não se vê,
    Pátria amada,
    A brava gente brasileira,
    Indo à luta,
    Encarando a própria morte
    Para depor do trono
    Usurpadores que, em berço esplêndido,
    Surrupiam as riquezas
    Da Mãe gentil.

    Ó Pátria amada,
    Idolatrada!

    Quem vai salvar o meu BRASIL?


    domingo, 21 de agosto de 2011

    Supermodelo mirim levanta discussão sobre exposição infantil

    Para pesquisadora, fotos da modelo francesa de 10 anos de idade que posa como adulta representam "pedofilização da sociedade"



    Camila de Lira, iG São Paulo


    Foto: Reprodução
    Thylane Blondeau em ensaio recente: fotos foram consideradas sensuais demais para uma menina de 10 anos

    Filha de uma modelo com um jogador de futebol, Thylane Blondeau está com tudo. Fez fotos sensuais num editorial da Vogue francesa assinado por Tom Ford. Sua página de fãs no Facebook chegou a reunir 5 mil pessoas. Ela está no caminho do sucesso para se tornar uma das modelos mais famosas do mundo. A única ressalva é que Thylane tem apenas 10 anos de idade.

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    Se pensarmos no mundo da moda, Thylane não é tão mais nova que Gisele Bündchen no começo de sua carreira, aos 14. “Há algum tempo, as meninas começavam muito novas. Com 13 ou 14 anos já eram top models, viajavam pelo mundo. Hoje em dia, o mercado vem abolindo esta prática. No final das contas, são crianças para trabalhar”, diz Marcos Lacerda, que cuida das new faces – ou modelos novatas – da agência Ford Models.

    Mas as fotos da pequena supermodelo feitas para a Vogue francesa em janeiro, exibidas novamente na TV norte-americana no início do mês, refletem algo muito além do trabalho infantil. “A expressão da sexualidade parece ser uma obrigação para as mulheres hoje em dia, e, consequentemente, é também para as meninas. A idealização de beleza e juventude afeta também as crianças, que não querem mais ser tão crianças assim”, comenta a professora de psicologia e pesquisadora do Grupo de Estudos de Educação e Relações de Gênero da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Jane Felipe de Souza.

    “Crianças mais novas estão agindo e fazendo coisas de crianças mais velhas. Parece que o tempo está correndo cada vez mais rápido para elas”, diz a psicóloga norte-americana Diane Levin, autora do livro “A Infância Perdida” (Editora Gente). Isso é perigoso, afirma ela, pois crianças menores não têm tantos recursos lógicos para compreender situações típicas de outra faixa etária. Ou seja, uma menina de 14 anos pode entender o que significa ter um namorado, enquanto uma menina de oito dificilmente está preparada para lidar com isso.

    “A juventude se tornou o principal valor da cultura ocidental, não necessariamente sexualização”, pondera a antropóloga Mirian Goldenberg.

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    Foto: Reprodução
    Thylane em foto do ensaio mais recente

    “Pedofilização” da sociedade
    Foto: Reprodução/Vogue Ampliar
    Thylane nas páginas da Vogue: editorial chocante voltou à tona com divulgação de novas fotos da modelo


    Consumo tem tudo a ver


    Outra face escondida nas fotos de Thylane – e no uso de qualquer criança como modelo de publicidade – é a exploração cada vez maior das crianças como mercado consumidor. “As mensagens de consumo não diferenciam a idade. Cada vez mais, o mundo adulto foi se misturando ao infantil”, comenta Laís Fontenelle.

    “As crianças crescem com a ideia de se sentir bem porque compraram algo bom, e não porque fizeram algo bom”, compara Diane Levin. No entanto, Mirian Goldenberg alerta para o papel limitado da publicidade, que deve ser regulamentada pela sociedade. “A publicidade reflete o que é valorizado. Ela procura entender a cultura em que se vive”, comenta a antropóloga.

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    E os pais?

    Ao perceber que as fotos de Thylane tinham causado tanto impacto na rede, sua mãe, a modelo francesa Veronika Loubry, reagiu de maneira chocada. Fechou a página do Facebook dedicada à menina com o seguinte recado: “Thylane não sabe sobre nada disso [referindo-se à polêmica] e eu quero protegê-la. Ela é tão nova! Por isso, resolvemos fechar esta página”.

    De acordo com as autoras de “Infância perdida”, Diane Levin e Jean Kilbourne, uma das principais maneiras de se proteger as crianças é manter o espaço aberto para a comunicação com elas. “Pais não deveriam comprar roupas sensuais para suas filhas e deveriam elogiá-las por qualidades que não somente as suas belezas”, diz Jean.

    A força do exemplo também é indiscutível. “Eles podem escolher ser menos materialistas. E conversar com as crianças sobre as mensagens recebidas pela publicidade, pois elas entendem”, diz Lais Fontenele. “A partir do momento em que os pais deixam de colocar todos os valores da vida de seus filhos só na beleza e no exterior, e passam a colocá-los em uma série de compromissos internos e competências, já estão fazendo uma grande diferença”, finaliza Jane Felipe.

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    Crescer com uma imagem idealizada de beleza e de sedução é o principal problema. “Meninas de cinco anos estão aprendendo a tratar a si mesmas como objetos. E começam a julgar as outras por esse mesmo parâmetro”, relata a autora norte-americana. Além do que representa para as crianças, este tipo de imagem mostra um pouco mais sobre a sociedade na qual elas vivem. “Quando se coloca o corpo infantil como corpo desejável, o que estamos querendo com isso? Nesse sentido, estamos nos tornando uma sociedade pedófila. Estamos construindo um olhar pedófilo em cima das crianças, principalmente das meninas”, diz Jane Felipe.

    Na contramão do ocorrido no ensaio de Thylane Blondeau, tem-se também o uso de brinquedos e artigos do mundo infantil em ensaios eróticos, como lembra Jane. Co-autora de “A Infância Perdida”, Jean Kilbourne concorda com Jane. “Estamos criando um clima que normaliza a pedofilia e que coloca nossas crianças em perigo”, acredita. “As meninas querem se parecer com adultas e as adultas, cada vez mais, querem se parecer com meninas”, analisa Diane.

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    Está nos olhos de quem?

    Para Mirian Goldenberg, devido à grande importância conquistada pelo sexo nos dias de hoje, a sexualização pode estar nos olhos de quem vê. “A criança está exposta a todos os olhares, inclusive aos perigosos. Não é a foto em si que é sexualizada, nem a intenção da mãe ou do fotógrafo, mas o olhar do outro. O medo e a perversidade do outro”, afirma Mirian.

    Mas segundo Lais Fontenelle, coordenadora de Educação do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, o olhar pode ser perigoso. “A criança não está desenvolvida em todas as áreas, todos os comportamentos. Quando se expõe desse jeito, não está preparada para receber o retorno, receber este olhar”.

    Hora do recreio é o trunfo de faculdade da terceira idade

    Panelinhas, paquera, bagunça e até a primeira cola da vida fazem parte do dia a dia dos idosos estudantes


    Cauê Muraro, especial para o iG São Paulo |
     
     

    Na tarde de uma segunda-feira de agosto, a professora encerrou um pouco mais cedo o primeiro período de aulas da turma D. Os alunos, 19 ao todo, puderam então antecipar o intervalo. Reunidos no pequeno pátio, pareciam cansados – a aula tinha sido de educação física e fazia calor em São Paulo (SP) –, mas conversavam bastante. Não demorou para que recebessem uma leve repreensão. Apontando para a janela da classe onde estava outra turma, Cláudia Ajzen, também professora, alertou: “Silêncio, gente. O professor ainda está dando aula lá!”.
    Foto: Edu Cesar/Fotoarena Ampliar
    Na hora do recreio, os grupinhos se revelam, como em toda faculdade


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    Ao dar a “bronca”, que surtiu efeito imediato, ela confirmava o que havia dito cerca de uma hora antes. “Aluno é aluno, não importa a idade. Conversa na classe, dorme, faz bagunça...” Cláudia é gerontóloga e dá aulas na UATI – Universidade Aberta à Terceira Idade da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), inaugurada em 1999. O propósito não é apenas atualizar conhecimentos: especialistas apontam que o estímulo da convivência – a socialização – é essencial.

    Na UATI da Unifesp, por exemplo, há seis turmas no campus de São Paulo e uma no campus da Baixada Santista. Elas têm aulas duas vezes por semana, ou de manhã ou de tarde, durante um ano. Mas tão fundamental quanto as aulas é o intervalo. “Dura meia hora. É bastante tempo, de propósito. Sempre falo que, nesse momento do cafezinho, eles não podem ficar dentro da sala. É para sair e conversar”, observa Nadir Nogueira, fundadora e coordenadora do programa.

    ‘Panelinha’ e ‘fundão’
    Às segundas, na capital, são duas turmas. No dia da visita, enquanto os 19 integrantes da turma D se dedicavam à atividade física num pequeno espaço externo disponível, os 20 da turma C assistiam, em classe, à aula “Adaptação: um desafio para o idoso”. Quando, enfim, soou o sinal, estes últimos chegaram ao pátio. Dentre todos os presentes, tinha um único homem – acompanhava-o a esposa.
    Naturalmente, grupos vão se formando. As conversas não se resumem a assuntos tidos como “de gente mais velha”. Algumas senhoras especulam sobre a suposta idade da apresentadora Glória Maria, outras mencionam convites para sair que receberam do sexo oposto etc.

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    Aos 64 anos, Clarice Laroza Vieira (turma C) conta que estar ali é como “voltar no tempo”: “Me sinto menos idosa, melhora minha autoestima. É como na época do colégio, tem o puxão de orelha, tem a ‘merenda’”. E tem a cola. No primeiro semestre, os alunos organizaram uma espécie de “ajuda mútua coletiva” para fazer determinado exercício em sala.

    A atitude não rendeu suspensão ou advertência, evidentemente. A ideia da UATI não é aplicar provas ou dar notas. Mas o episódio rende comentários bem humorados até hoje: na ocasião, alguns alunos tiveram a oportunidade de “colar” pela primeira vez na vida. Clarice diz ainda que ela e os amigos combinam passeios, idas a bailes da terceira idade. “E tem também panelinhas, a turma do fundão. A Lili é da turma do fundão...”, brinca ela, apontando para uma colega. Era a mesma colega que, no meio da aula de educação física, tinha saído para fumar um cigarro.
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    Liliana, ou Lili, parece ser a mais popular dentre os alunos das segundas e quartas. Assistente social de formação, aposentou-se em 2004, depois de trabalhar por muito tempo numa instituição bancária. Aos 58 anos, segue sendo expansiva e confessa ter sido assim desde sempre. Afirma que recebe telefonemas das companheiras de curso e que já chegou a conhecer netos e filhos delas. Lili apresenta uma hipótese quanto ao papel de iniciativas como a UATI:

    “Os idosos se aproximam ou de quem lhes dá ouvidos, ou de pessoas com quem se identificam, ou de quem lhes dá atenção. Estar aqui é importante porque tem aluno que perdeu filho, marido. O que eu mais reparei é que, para alguém assim, é muito importante o fato de poder dizer que tem um compromisso com alguma coisa – no caso, um compromisso com o curso. Essa é a verdade”.
    Foto: Edu Cesar/Fotoarena Ampliar
    Aula de Educação Física

    Fora da classe
    A formação dos alunos da UATI é heterogênea: sociólogos, médicos, psicólogos. E já passaram por lá alguns alunos que não sabiam ler e escrever. Fizeram o curso e, simultaneamente, foram encaminhados para um programa de alfabetização promovido pela Unifesp, lembra-se Nadir Nogueira, a coordenadora. Para ela, o perfil variado é vantajoso, os alunos se ajudam na hora de providenciar os trabalhos finais, quando formam grupos e se reúnem nas casas uns dos outros.

    Ministradas por professores da universidade e por convidados, as aulas tratam de saúde física e mental e se relacionam com assuntos como direitos humanos, psicologia, sociologia, história, geografia, política e artes. E existem os cursos chamados de “extracurriculares”: informática, português, inglês, coral, dança sênior e corte e costura.

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    Além disso, todo mês acontece um passeio. Pode ser para um museu, o jardim zoológico, um parque. Ou para o aquário de Santos, como ocorrerá em breve. A ideia, observa Nadir, é fazer com que os alunos não limitem o convívio à UATI. “O trabalho social segue em conjunto com a missão de oferecer cultura. Queremos preparar essas pessoas para conviverem melhor consigo mesmas, com a família e com a sociedade. Isso aumenta a autoestima, e elas aprendem a exigir os direitos, a se impor mais.”

    Namoro
    Tempos atrás, a UATI chegou a ter 35% de alunos homens. Foi o recorde. Nadir recorda-se que namoros começaram ali, e há casais que prosseguem juntos. Até por motivos como esse, acontecem aulas sobre relacionamento, sexualidade e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Pesquisas indicam que cresceu significativamente o número de idosos do sexo masculino que, após o surgimento dos remédios para disfunção erétil, contraíram o vírus da aids. Eles retomaram a vida sexual e, por questões geracionais, são reticentes em adotar o uso do preservativo.

    Atualmente, o percentual de homens na UATI é bem menor. As turmas C e D, por exemplo, têm um cada. Existe, inclusive, incentivo para que a presença deles volte a crescer: ao contrário das mulheres, os interessados em se matricular não precisam ficar na fila de espera.

    No intervalo entre as aulas naquela segunda-feira de agosto, o único homem presente, dentre alunos, era Yoshihiko Obara, 74. (Seu colega da turma D chegaria somente para a segunda aula.) Contador aposentado, Obara foi eleito representante de classe turma C, cujas aulas frequenta ao lado da esposa, Maria Kizuko, 72. Ele circulava com desenvoltura entre as colegas. Perguntado se a condição de solitário o incomodava, respondeu, brincando, que não acha ruim ter “um harém” a seu redor. Maria, após assegurar que não sente qualquer ciúme, devolveu a brincadeira, considerando que é bom poder “vigiar” o marido.

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