Mulheres que ingeriram 200mg de isoflavonas diariamente não tiveram benefício algum em relação àquelas que não tomaram o composto
Temores sobre os riscos da terapia de substituição de estrogênio levaram muitas mulheres a recorrer a produtos de soja para tratar sintomas da menopausa.
Mas um experimento clínico publicado na última segunda-feira, na revista científica 'Archives of Internal Medicine’, apontou que esses produtos são tão eficientes quanto um placebo.
Pesquisadores da Universidade de Miami estudaram 248 mulheres entre 45 e 60 anos. Metade recebeu 200 miligramas de isoflavona de soja diariamente e o restante tomou um placebo.
Após dois anos, os cientistas realizaram testes em busca de alterações na densidade mineral dos ossos e em sintomas da menopausa. Até o final do estudo, nem os pesquisadores ou mulheres sabiam quem estava tomando qual pílula.
Testes de urina mostraram que as mulheres no grupo da soja haviam ingerido quase 20 vezes mais soja do que o grupo do placebo, mas os pesquisadores não encontraram diferenças significativas na densidade óssea.
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Houve poucos efeitos sérios nos dois grupos, mas as mulheres tomando soja não mostraram melhora em relação a suores noturnos, insônia, perda de libido ou ressecamento vaginal em comparação com o grupo do placebo.
“As mulheres deveriam reconsiderar esses tipos de produtos durante a menopausa”, afirmou Silvina Levis, principal autora do estudo e professora de medicina na Universidade de Miami.
“Não observamos nenhum benefício clínico objetivo nos suplementos de isoflavona de soja. Na verdade, as mulheres tomando soja experimentaram uma piora na constipação (prisão de ventre), no inchaço e nas ondas de calor”.
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