domingo, 14 de agosto de 2011

Minha terra

Guilherme A. Dias


Hoje os olhos no futuro
O coração no passado
Pois pensei que ao partir
Algo novo desejava
Porém nada do que aqui está
É mais do que deixei lá

Minha terra minha vida
Minha vida é minha terra
Que importância tem agora
No lugar em me encontro
Se as lembranças de outrora
Não se calam
Não se apagam
Gritam sempre noite e dia!?

Lá pensava eu não ter
O que aqui vim buscar
Não imaginava nem sequer por um instante
Que o aqui encontrei
Mais me faz lembrar
De quão feliz era eu lá

Passa o dia
Passa a noite
Passam todas as estações
Vem a chuva
O vento forte
Mas as lembranças
Que tenho do Norte
Nem a chuva
Nem o vento
Nem o frio
Ou o calor
O que farta
Ou o que falta
Vão tirar do peito ardente
O desejo de rever
Mesmo que por último suspiro
A terra e a gente
Que no sangue e no corpo
Na memória e nas cansadas retinas
Sempre estiveram presentes

Oh! Jequitinhonha!
Vale da vida e da alegria
Tu és do meu passado
Tu és o meu futuro.

6 comentários:

Anônimo disse...

Epa, epa, epa! Você leu meu sentimento? Ai, que saudades do nosso Vale, das pessoas que ali ficaram... Que vontade de chorar!!! Parabéns você descreveu em poesia,fatos que só pessoas que lá nasceram sabem a razão deste sentimento.
Bate coração!
Abraços com amor.
Ladica

Anônimo disse...

Poema maravilhoso, retratando o sentimento de todo povo que saiu em busca de crescimento, e que sempre lembrará de sua herança marcada com a cicatriz de uma lembrança de seu povo e sua história. Ohhh Vale quem te conhece, jamais deixará de sonhar com o retorno a suas origens.

Grande abraço PAI,
Guilherme

Aline disse...

Nossa, maravilhoso mesmo viu.
Parabéns Guilherme, lindo poema.

Sua terra merece sim um poema lindo como este!
Fui apenas uma vez, mas com vontade de voltar muito mais!

Não tem como, não ter orgulho de uma terra deslumbrante como o vale do Jequitinhonha!

Abraços
Aline.

Guilherme disse...

Oi, Guilherme

Pois é, meu filho, embora você tenha saído de lá ainda muito novo, as marcas da terra jamais deixarão de vibrar em seu sangue. Isso, certamente, ganha um reforço relevante: a família que lá deixamos. Todas as pessoas com as quais convivemos, mesmo que em breves momentos, ao longo de cada ano, são, essencialmente, preciosidades que nos dão um enorme prazer de tê-las como nossa família. Por isso nos são tão caras, e a terra - Diamantina - inesquecível.

Abraços.

Sei pai.

Guilherme disse...

Olá, Aline.

Diamantina, assim como todo o Vale do Jequitinhonha, tem características que agradam a todos, embora em sua região, Ubá, as pessoas apresentem também algumas características bem parecidas com a do povo do Vale, como, por exemplo, a simplicidade. Isso também nos torna mais próximos.

Obrigado pelo comentário.

Abraços.

Guilherme

Unknown disse...

Caro Guilherme,

Lindo este seu poema, e de fato encantador.
Em poucas palavras, você descreve um sentimento lindo por sua terra.

Abraços,
Emanuele.