Resultados obtidos em laboratório italiano reafirmam teoria da relatividade de Einstein
Os neutrinos medidos pelo experimento Ópera, que sacudiu o mundo científico no final setembro, não são mais rápidos que a luz, segundo os cálculos realizados por outra equipe para tentar elucidar o resultado que questionava a física de Einstein, anunciou nesta sexta-feira o CERN.
Esta nova experiência indica que os neutrinos não superaram a velocidade da luz, afirma o comunicado do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN). Em fevereiro, o CERN reconheceu que Os neutrinos mais rápidos que a luz, descobertos no ano passado por físicos do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (na sigla em francês, CERN) nada mais foram do que resultado de uma má conexão entre um dos computadores e o GPS do experimento.
"Começamos a presumir que os resultados do Ópera se deveram a um erro de medida", acrescenta o comunicado.
Em 22 de fevereiro, o site da revista Science já havia afirmado que os resultados da experiência Ópera foram provocados por uma má conexão.
"Uma má conexão entre um GPS e um computador é, sem dúvida, a origem do erro", garantiu a revista americana, que citava "fontes ligadas à experiência".
No final de setembro, os especialistas da equipe Ópera anunciaram que neutrinos percorreram os 730 km entre o CERN, em Genebra, e o laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália, em velocidade superior à da luz.
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A maioria dos especialistas não acreditou que uma partícula elementar da matéria tivesse superado a velocidade da luz, considerada um "limite insuperável" na relatividade geral de Einstein.
Segundo a Science, os 60 nanosegundos de vantagem registrados pelos neutrinos sobre a velocidade da luz foram resultado de uma má conexão entre o GPS utilizado para corrigir o momento da chegada e um computador.
Novos estudos serão necessários para confirmar a origem do erro, destacou então a Science.
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