sábado, 12 de novembro de 2011

O momento de dizer "eu te amo"

Como lidar com a ansiedade que cerca as palavras mágicas do relacionamento


Alexandre Adoni, especial para o iG
 
 
Dizer “eu te amo” pela primeira vez é um passo importante em uma relação. Alguns demoram mais e têm dificuldade para verbalizar sentimentos. Outros soltam a frase logo no começo do namoro e até assustam o pretendente. Mas será que existe hora certa para arriscar uma declaração?
Foto: Thinkstock/Getty Images
Quem faz a declaração quer ouvir um "eu te amo"
de volta, mas isso nem sempre acontece

A professora Priscila de Pádua, de 31 anos, acha que seu namorado foi rápido demais. “Eu me assustei até. Em um mês ele estava falando que me ama”, lembra. Com a estudante Sarah Dias, de 20 anos, foi até mais rápido. Ela conta que ouviu um “eu te amo” no segundo encontro: “Estávamos em um show e ele disse as palavrinhas mágicas. Fiquei impressionada com a agilidade, mas não hesitei em responder da mesma forma”, contou.
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Apressadinhos esses rapazes? Que nada. De acordo com um estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, recentemente publicado no Journal of Psychology, os homens são três vezes mais propensos a dizer “eu te amo” logo nas primeiras semanas de namoro.


“Conquistar é algo do ativo, do masculino. A mulher é mais cautelosa. Ela primeiro precisa se sentir amada”, comenta a psicóloga e psicanalista Araceli Albino.


A resposta é importante?

A declaração é uma entrega e gera uma expectativa de resposta equivalente: todo mundo quer ouvir, pelo menos, um “eu também” do outro lado. Priscila diz que foi bem cautelosa e só conseguiu responder na mesma moeda dois meses depois que o namorado abriu o coração: “Estava ouvindo uma música que me lembrou dele e mandei uma mensagem de texto falando ‘Acho que estou te amando’”. O casal já está junto há um ano e meio e, atualmente, ela brinca que as declarações diminuíram: “agora tenho que cobrar”.

 
Foto: Arquivo pessoal Ampliar
Sarah com o namorado André Mendes: declaração de amor em apenas dois dias

Para a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, é importante respeitar o limite do outro e não forçar uma retribuição. Segundo ela, não é preciso ficar decepcionada caso o parceiro não diga o “eu te amo” de volta.


“Essa intensidade do amor nunca é igual, é variável. Isso tem relação com o tipo de educação: há os que demonstram que gostam e os que não demonstram”, analisa a especialista. Ela diz ainda que uma ação pode valer por palavras de amor. “Pode ser um gesto, o jeito que mexe no cabelo, um carinho, a participação na vida da pessoa”, ressaltou Cecarello.


E quando é a melhor hora para se declarar? “O afeto amoroso é construído. Cada um tem seu timing. O importante é a atitude condizer com a fala”, concluiu Araceli Albino.


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