quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Nos EUA, educação sexual chega ao mundo digital

 


Programas permitem que alunos mandem perguntas por mensagem do celular e evita constrangimentos


The New York Times - IG

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Enquanto se dirigiam para a escola no ano passado, Stephanie Cisneros, uma caloura do ensino médio nos Estados Unidos, e algumas amigas discutiam como Doenças Sexualmente Transmissíveis podem ser passadas adiante.


Foto: The New York Times
Grupos de educação sexual usam tecnologia para se aproximar dos alunos

Cisneros sabia que poderia resolver suas dúvidas em sala de aula, mas não levantando sua mão. Enquanto seu professor de biologia falava sobre moscas, Cisneros colocou seu celular embaixo da mesa de laboratório e digitou uma mensagem para ICYC (In Case You're Curious, ou Caso Esteja Curiouso), um programa de chat de texto dirigido pelo grupo de Planejamento Familiar das Montanhas Rochosas.

Cisneros disse que gosta do imediatismo e confidencialidade do programa. "Você pode fazer uma pergunta aleatória sobre sexo e não se sente estúpida", disse Cisneros. "Mesmo que seja uma pergunta tola, eles não podem julgá-la já que não sabem quem você é. E seria nojento perguntar sobre essas coisas aos meus pais."

Educação sexual é um assunto delicado para a maioria dos sistemas escolares, apenas 13 Estados especificam quais componentes devem ser incluídos nos programas.

Orçamentos reduzidos e assuntos acadêmicos concorrentes têm ajudado a minimizar a pioridade da educação sexual no currículo escolar americano. Em reação, algumas organizações de saúde e distritos escolares estão desenvolvendo sites e serviços de mensagens de texto como formas de educar os adolescentes em um lugar onde faltar não é um problema: a Internet.

Muitos serviços, como Sexetc.org, um site nacional dirigido por e para adolescentes, oferecem privacidade e comunidades onde os adolescentes aprendem sobre sexualidade e relacionamentos, especialmente em dispositivos móveis, fugindo do controle dos pais.

"Quando perguntamos aos jovens qual é a sua fonte No. 1 de aprendizado sobre sexo, eles dizem: 'Google'", disse Deb Levine, diretora executiva do ISIS Inc., uma organização sem fins lucrativos que administra serviços de mensagens de texto e conteúdo médico. "Mas na maioria das vezes a melhor informação não é obtida através destas pesquisas."

Os responsáveis por tais programas digitais simplesmente querem que os adolescentes tenham informações precisas para ajudá-los a tomar boas decisões. Mesmo que a cultura popular esteja saturada com o sexo, fatos e aconselhamento podem ser difíceis de encontrar.

Leslie Kantor, vice-presidente para a educação da Federação de Planejamento Familiar da América, anunciou que o programa de chat será ampliado para que os adolescentes possam acessá-lo através de dispositivos portáteis. A organização está tentando incorporar conteúdos com termos de pesquisa usados por adolescentes, ela explicou.

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