Poucas mulheres conhecem o vaginismo
A disfunção impede a penetração e causa sofrimento, porém poucas buscam ajuda
Portal IG
Eu tive um relacionamento de 10 anos e, durante todo esse tempo, nunca consegui ter uma relação sexual completa, com penetração. Hoje estou separada e tenho medo de começar um novo relacionamento e o problema se repetir. O que devo fazer?
A dúvida da leitora reflete um problema que atinge aproximadamente 6% da população feminina: o vaginismo. Ao contrário do que muitos acreditam, essa disfunção sexual ainda é bem pouco conhecida da maioria, e talvez por isso as pessoas não busquem o tratamento adequado.
Algumas comunidades de apoio já se formaram em torno do drama feminino. Existem blogues, por exemplo, que alertam sobre o sintoma e oferecem ajuda a partir da troca de experiências.
Os primeiros sintomas do vaginismo geralmente aparecem no início da vida sexual, marcando assim a experiência do coito pelas dores devido a impossibilidade total ou parcial da penetração. Isso tudo porque os músculos que estão ao redor da entrada da vagina se contraem independente da vontade da mulher. Como consequência, sua trajetória com experiências dolorosas provoca comportamentos evitativos para novos encontros sexuais ou relacionamentos amorosos.
Na maior parte dos casos, a origem é de ordem psicológica: aspectos da feminilidade; culpas (principalmente de origem religiosa); medo da intimidade; dificuldade para receber carícias ou toques; traumas de infância; fantasias ou situações reais de abuso, violência física e/ou psíquica, entre outros.
O fato é que os relacionamentos ficam comprometidos e a mulher deixa de viver sua sexualidade de forma plena, além de experimentar sentimentos e fantasias vão além da sexualidade, como solidão, ansiedade, angústia, inadequação por não ser “normal”, fantasias de rejeição no meio social e familiar, falta de confiança em si e nos outros, baixa autoestima, autoimagem desvalorizada.
Outro problema enfrentado é o exame ginecológico de rotina em que se observam reações de “defesa” da paciente com a aproximação do médico, pela expectativa do toque, podendo provocar contrações até severas e prolongadas. Nestas tentativas frustradas do exame, não é difícil ouvir do médico a seguinte frase: “Isso não é nada, na próxima relação sexual é só relaxar que você consegue”. Como se ela já não tivesse tentado inúmeras vezes inclusive durante o exame – e sem sucesso.
Outras propostas de tratamento oferecidas por alguns profissionais são: a) o corte em cruz nos músculos do intróito vaginal com prescrição de coito diário; b) o método de alargamento em que o médico introduz o espéculo na vagina da paciente e deixa por alguns minutos. Ambos são dolorosos e ineficazes.
Em função de todo esse quadro indico a você e a todas as mulheres afetadas pelo vaginismo a procura de uma terapia sexual cuja proposta de tratamento oferece excelentes resultados. Sem o devido tratamento suas chances de viver o mesmo problema são enormes.
Para os que desejam saber mais a respeito indico meu livro:
"Vaginismo, Quem Cala Nem Sempre Consente...!!! Descubra-se e vença seus medos"
110 páginas; Editora Biblioteca 24x7
Autores: Fátima Protti e Oswaldo M. Rodrigues Jr.
"Vaginismo, Quem Cala Nem Sempre Consente...!!! Descubra-se e vença seus medos"
110 páginas; Editora Biblioteca 24x7
Autores: Fátima Protti e Oswaldo M. Rodrigues Jr.
Nenhum comentário:
Postar um comentário