sexta-feira, 18 de junho de 2010

Projeto de Lei do governo já está na ALMG

O Projeto de Lei do governo, Nº 4689/2010, que trata da reestruturação das carreiras e tabelas de salário da Educação já se encontra na Assembléia Legislativa de Minas e foi publicado hoje no Diário do Legislativo (vou colocar o link no final deste texto). O projeto terá que passar por rápida tramitação para que seja sancionado pelo governador até o dia 30, caso aprovado pelos deputados.

Nossa meta, conforme aprovada em assembléia dos educadores realizada ontem, é tentar alterar cinco pontos do projeto. (Leiam o post abaixo)

Estaremos de vigília no próximo dia 22, terça-feira, na ALMG, quando está marcada a nova assembléia da categoria para as 14h, com paralisação das atividades escolares. A vigília dos trabalhadores da Educação, contudo, deve começar bem mais cedo, a partir de 9h. Quem puder, deverá organizar nas subsedes dos SindUTE equipes ou grupos de educadores das diversas escolas, para se revezarem, caso seja necessário manter a vigília na quarta-feira. Mas, o peso maior deve ser dado à assembléia da terça-feira.

Dei uma rápida lida na mensagem inicial e no texto do Projeto de Lei (PL). Ainda não consegui interpretá-lo em alguns aspectos, como por exemplo, aquele que trata do posicionamento dos servidores na nova carreira (artigo 4º do PL), que fala em título acadêmico para posicionamento do nível (isto está fácil de entender), mas, em relação ao posicionamento no grau, diz o texto: "será observado o valor da soma das vantagens incorporáveis ao subsídio nos termos do art. 2º, conforme a remuneração a que fizer jus o servidor em 28 de fevereiro de 2011".

Tive a impressão de que todo mundo vai ficar na Letra A do respectivo nível a que fizer jus pela formação acadêmica. Se tiver errado, corrijam-me. Os técnicos da SEE-MG bem que poderiam detalhar estas informações, se é que eles têm interesse em explicar, ao invés de confundir.

E no parágrafo terceiro deste mesmo artigo diz que: " o posicionamento deverá resultar em acréscimo de, no mínimo, 5% (cinco por cento) sobre o valor da remuneração a que fizer jus o servidor em 28 de fevereiro de 2011". Ou seja, seja qual for o seu posicionamento, você terá 5% de reajuste na nova tabela. O problema é saber onde você será posicionado...

Eis abaixo o link com o conteúdo do diário oficial do Legislativo mineiro. Para facilitar a sua vida, ao acessar este link, abra a aba "localizar" no seu navegador (eu trabalho com o Firefox, pois não há nada do Window$$$ no meu computador) e digite Projeto de lei 4.689/2010 e vc vai cair em cima do projeto.

Boa leitura e fique com o link clicando aqui.

P.S. Na mensagem que encaminhou para a ALMG, na exposição de motivos, o governo "falta com a verdade" (parodiando a colega Beatriz, que explica que faltar com a verdade é diferente de mentir), quando afirma que: "Cumpre destacar que os valores iniciais de subsídio propostos para as carreiras do magistério superam o piso salarial profissional instituído pela Lei Federal nº 11.738, de 16 de julho de 2008. Ademais, é relevante informar que a reestruturação do modelo remuneratório das carreiras da Educação não modificará as regras vigentes relativas a promoção, progressão e avaliação de desempenho." (grifo nosso).

Matéria retirado do Blog do Euler

3 comentários:

Guilherme disse...

Que os professores fiquem atentos, pois, ao que me parece, o governo quer nos confundir com propostas que mais se assemelham a "presente de grego". Por isso, é importante que a categoria se mantenha unida e em constante comunicação. Cuidado com as surpresas desagradáveis.

Anônimo disse...

Os professores que já fizeram carreira e tem muito tempo de serviço serão muito, muito prejudicados. O governador precisa melhorar o salário dos que ganham pouco mas, não tirando dos mais antigos. Isso é um crime. Essa tal VPTI que será incorporada a cada reajuste é o x da questão. agora não tem redução de salário, mas daqui uns anos. quem estiver chegando e quem tiver 30 anos de serviço ganha o mesmo. Isso é justo? O problema é que os professores são alienados e não sabem fazer contas. Acorda professor; o Anastasia virou o Robin Hood: tira dos que tem mais e finge que dá aos que tem menos.

Guilherme disse...

Concordo com o Anônimo. Não se pode reestruturar a carreira, colocando todos os servidores em um mesmo nível. Há que se enquadrar cada servidor no nível correspondente à sua formação e ao tempo de serviço. Se isso for feito, tudo bem. Caso contrário, o prejuízo e a desvalorização serão evidentes.