terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Meditação pode proteger o cérebro de doenças psiquiátricas

 

Quem medita tem mais controle sobre áreas importantes do cérebro e, por isso, está mais protegido


The New York Times | IG
 
 
Foto: Getty Images Ampliar
Meditação protege o cérebro

Um novo estudo descobriu que pessoas que praticam meditação parecem ser capazes de desligar áreas do cérebro associadas aos distúrbios psiquiátricos, como o autismo e a esquizofrenia.


Aprender como o cérebro funciona durante a meditação pode ajudar no avanço de pesquisas em dezenas de doenças, de acordo com o autor da análise, Judson Brewer, professor assistente de psiquiatria da Yale University, nos EUA.

Ele e sua equipe utilizaram exames de ressonância magnética para escanear a atividade cerebral em praticantes de meditação novatos e experientes.

Os habilidosos diminuíram a atividade na rede normal do cérebro ligada a lapsos de atenção e distúrbios como ansiedade, transtorno do déficit de atenção, mesma região responsável pela construção de placas associadas à doença do Alzheimer.


Os pesquisadores descobriram também que quando o "modo normal" de trabalho do cérebro está ativo, regiões associadas com o automonitoramento e controle cognitivo também estão ativadas. Isso é atestado apenas em quem medita há muito tempo, mas não em quem é novato na meditação.
Leia mais:

A interpretação dos autores é que este comportamento sugere que, quem medita, monitora e suprime constantemente pensamentos egoístas.

Os indivíduos que meditavam há muito tempo foram capazes de coativar duas regiões do cérebro durante a meditação e também enquanto descansavam, sugerindo que eles tenham desenvolvido um modo padrão novo, mais centrado no presente.

“A habilidade da meditação de se focar no momento é parte da filosofia e da prática contemplativa há milhares de anos”, disse Brewer, no material de divulgação da Universidade de Yale.

"A marca registrada de muitas doenças mentais é uma preocupação com os próprios pensamentos, uma condição que a meditação parece afetar. Isso nos dá boas pistas sobre como os mecanismos neurais podem estar trabalhando clinicamente." O estudo foi divulgado na edição de Novembro da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Veja também:

Nenhum comentário: