Seja por praticidade ou opção muitos pais acabam tomando banho com os filhos. E não tem nada de errado nisso!
Algumas famílias podem até se espantar e outras nem terem pensado nisso antes: é aconselhável tomar banho junto com os filhos? De acordo com a psicóloga Kátia Teixeira, toda atividade prazerosa que possa ser feita com um filho é bem-vinda.
Estar junto com a criança na hora do banho possibilita aos pais tornarem aquele momento lúdico e, além disso, fortalecerem o vínculo com o filho. Porém, para a publicitária e autora do blog “Conversa de Mãe” Fabiana Deziderio, 35, não foram estes motivos que a levaram a tomar o primeiro banho com o filho Joaquim, um ano e oito meses. Ela colocou uma piscininha inflável ao lado dela, no box do banheiro. “Tive que fazer isso por praticidade naquele momento, mas ele nem ligou para a minha existência e ficou brincando”, conta.
Estar junto com a criança na hora do banho possibilita aos pais tornarem aquele momento lúdico e, além disso, fortalecerem o vínculo com o filho. Porém, para a publicitária e autora do blog “Conversa de Mãe” Fabiana Deziderio, 35, não foram estes motivos que a levaram a tomar o primeiro banho com o filho Joaquim, um ano e oito meses. Ela colocou uma piscininha inflável ao lado dela, no box do banheiro. “Tive que fazer isso por praticidade naquele momento, mas ele nem ligou para a minha existência e ficou brincando”, conta.
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A máxima de que com filhos pequenos a privacidade do banheiro acaba é verdade, segundo Fabiana. Ela conta que não é todo dia que toma banho junto com o filho, mas sempre que precisa coloca-o no carrinho dentro do banheiro, para que possa vê-lo enquanto ela está no chuveiro. “Faço isso quando estou sozinha com ele por questão de segurança. Antes eu ficava angustiada de deixá-lo no berço e ligar a babá eletrônica porque o chuveiro abafava o som”, diz. Porém, sempre que pode, prefere dar banho no Joaquim separadamente: “Dar banho nele sozinho é um evento, com brincadeiras e desenvolvimento. Quando ele vai para o chuveiro comigo, é pura pressa e acho que ele aproveita menos”.
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A máxima de que com filhos pequenos a privacidade do banheiro acaba é verdade, segundo Fabiana. Ela conta que não é todo dia que toma banho junto com o filho, mas sempre que precisa coloca-o no carrinho dentro do banheiro, para que possa vê-lo enquanto ela está no chuveiro. “Faço isso quando estou sozinha com ele por questão de segurança. Antes eu ficava angustiada de deixá-lo no berço e ligar a babá eletrônica porque o chuveiro abafava o som”, diz. Porém, sempre que pode, prefere dar banho no Joaquim separadamente: “Dar banho nele sozinho é um evento, com brincadeiras e desenvolvimento. Quando ele vai para o chuveiro comigo, é pura pressa e acho que ele aproveita menos”.
Sem constrangimentos
Para a publicitária e também autora do mesmo blog Beatriz Freitas, 30, aconteceu o mesmo. “Eu nunca tive problemas em ficar nua na frente dele e no início era mais pelo motivo da segurança mesmo. Eu não seria louca de deixá-lo sozinho enquanto tomava banho”. Enquanto Theo, hoje com três anos, crescia, ela o deixava com algum brinquedo em um tapetinho no chão do banheiro. Porém, com o tempo – e com o menino já conseguindo manter-se em pé – começou a tomar banho junto com ele para viver momentos de descontração ao lado do filho. Beatriz comenta que o filho adora: “É um momento em que estou muito presente e brinco o tempo todo com ele”, conta.
E realmente não é necessário ter nenhum preconceito em relação a tomar banho junto com os filhos. Segundo a psicóloga e coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, em São Paulo, Maria Rocha, é importante que o casal concorde que não tem nada demais compartilhar o banho com a criança e reforça que, se não houver constrangimento para ninguém, é saudável para a criança tomar banho com um dos pais. “Não há nada contra. Tudo depende dos valores que aquela família possui”, diz. Porém, se surgirem perguntas quanto às diferenças anatômicas do corpo, não entre em pânico.
Questionamentos são comuns
Beatriz conta que o Theo já chegou neste momento de questionar. “Mamãe, por que você tem pichoquinha e eu tenho piu-piu?” e “Mamãe, por que você tem peito e eu não?” são algumas das questões que o menino já fez no banho. A publicitária conta que sempre procura dizer a verdade em uma linguagem que o filho entenda. Se ele pergunta por que ela tem peitos e ele não, Beatriz responde: “Filho, a mamãe é mulher e você é homem. O homem tem o corpo de um jeito e a mulher de outro. A mulher tem os peitos grandes porque precisa guardar o leite para bebê mamar”.
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As questões que surgirem ao longo dos banhos compartilhados, segundo a especialista, devem ser respondidas da maneira mais natural possível. “Se os pais ficarem acuados, a criança irá perceber e, aí sim, poderá começar a criar uma determinada malícia sobre o assunto”, explica Kátia. Falar sobre as diferenças, portanto, é mais indicado do que omitir. E não tem problema a mãe tomar banho com o filho ou o pai tomar banho com a filha. De acordo com Kátia, chega um momento em que a própria criança não vai mais querer tomar banho com os pais.
“Os pais devem aceitar a opinião dos filhos de não quererem mais compartilhar o banho, afinal, é uma opção individual”, afirma Maria Rocha. Esta escolha acontece em idades diferentes para cada criança. Tanto pode ser quando ela tiver seis ou 10 anos.
É importante deixar claro, quando a criança já puder entender, que tomar banho junto é uma atitude da intimidade da família. “É preciso mostrar para a criança que aquilo é algo que acontece dentro de casa, com pai e mãe, e não com outras pessoas”, afirma Maria Rocha.
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- Boa relação familiar é a melhor prevenção contra as drogasEsse tipo de diálogo vai satisfazendo todas as curiosidades da criança ao longo do desenvolvimento. Para a psicóloga Kátia Teixeira, quando esta criança chegar à adolescência – e a sexualidade ressurgir de outra maneira – o jovem conseguirá também conversar sobre tudo o que envolve o tema com grande naturalidade. “É uma construção em que a criança vai percebendo que pode conversar sobre todos os temas”, diz. Afinal, assim como a criança pode perguntar sobre as diferenças anatômicas, ela também irá perguntar sobre a cor da borboleta ou outros assuntos. “São curiosidades inerentes à idade. Não deve ser visto como algo incomum”, completa.
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