quinta-feira, 29 de julho de 2010

Brasileiro ganha prêmio científico de US$ 2,5 milhões
Miguel Nicolelis, da Duke University, recebeu prêmio do governo dos EUA por sua pesquisa das interações cérebro-máquina
AE | 29/07/2010 11:16

     O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis foi um dos escolhidos este ano para receber o prêmio Pioneiro, um dos mais prestigiados dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês). Criado em 2004, o Pioneer Award financia projetos considerados visionários e de alto risco nas áreas de biomedicina e comportamento.

     Nicolelis, professor e pesquisador do Departamento de Neurobiologia da Universidade Duke, na Carolina do Norte, receberá US$ 2,5 milhões (R$ 4,4 milhões) ao longo de cinco anos para aprofundar suas pesquisas sobre o funcionamento do sistema nervoso e a interação cérebro-máquina. O objetivo do prêmio, segundo o NIH, é estimular inovações futuras e não premiar resultados do passado. "É para fazer coisas do futuro mesmo; não só ciência incremental", disse Nicolelis.

     Com vários trabalhos pioneiros publicados em revistas internacionais nos últimos anos, ele desenvolve sistemas que permitem controlar máquinas por meio de comandos cerebrais, usando eletrodos implantados no cérebro e conectados a um computador. O objetivo final é que pacientes vítimas de lesões ou doenças neuronais possam controlar robôs - ou qualquer outro aparato eletrônico - apenas com o cérebro. Um tetraplégico, por exemplo, poderia controlar um braço robótico para pegar objetos ou escrever textos numa tela usando apenas o pensamento. Outra estratégia é o desenvolvimento de neuropróteses, conectadas ao cérebro, que poderiam ser vestidas pelo paciente.

     Avatar - Resultados experimentais promissores já foram obtidos com seres humanos, mas o aparato ainda era grande e complexo demais. O desafio é tornar o sistema mais seguro, dinâmico e prático, para que possa ser aplicado clinicamente.

     A pesquisa, no momento, está sendo feita com macacos resos, inseridos em um ambiente virtual, no qual eles podem manipular objetos e interagir com outros macacos digitais (avatares), usando apenas comandos cerebrais. "Eles se relacionam com os avatares como se fossem macacos da mesma colônia", diz Nicolelis. Os comandos nervosos são transmitidos por telemetria (wireless) dos eletrodos no cérebro para um computador, que registra tudo e controla o que acontece no mundo digital. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

2 comentários:

Robert N. disse...

Nice blog..good luck and have a nice day :-)


Darmowe konto, kredyty, pozyczki

Guilherme disse...

Essa é uma notícia que vale a pena divulgar e comentar. Ela veio quebrar a onda de notícias que denotam a degradação do ser humano, principalmente aquelas envolvendo certas pobres e inúteis celebridades, prato cheio para os incultos e sedentos de inutilidades.
Parabéns a esse desconhecido, mas ilustre e exemplar brasileiro. Nós precisamos de gente assim. Obrigado por você existir.